terça-feira, 29 de maio de 2012

DESENVOLVENDO A MEDIUNIDADE



1. PERCEBENDO o DUPLO, a AURA e os CHACRAS
No livro  O Passe, Jacob Melo chama de  tato-magnético ou  registro psicotátil a capacidade do médium de, pesquisando a aura de outra pessoa, sentir e registrar, por diferença de vibração, as emanações fluídicas do seu perispírito. Diz ele que, “em linha geral, consiste no “tato-sem-tato” do médium sobre o corpo do  paciente, normalmente com as mãos, a uma distância relativamente curta, sobre o que se  convencionou chamar de “limites externos da alma”, o que, em média, dá um afastamento de uns 5 a 14 cm.
“Como se faz? – Simples. Tal como no passe longitudinal, passa-se as mãos por sobre o paciente, lentamente, numa média de 15 a  25 segundos da cabeça aos pés, e, em vez de, mentalmente, liberar fluidos para o corpo daquele, aguça-se a sensibilidade magnética para perceber, pelas vibrações fluídicas, as emanações que o corpo físico e o perispiritual emitem.”
“...alguns médiuns, em vez de sentirem os fluidos que vêm do paciente, fazem do corpo do paciente um “refletor fluídico”, onde ele  projeta fluidos com o intuito de fazer o tatomagnético, e estes se refletem e retornam às suas mãos;”
Como vemos, é possível sentirmos as vibrações da aura, dos chacras e do duplo com as mãos, onde temos pequenos chacras que são sensíveis às diferenças de frequência, temperatura, textura e densidade dos fluidos que nos circundam e às outras pessoas.
Jacob acrescenta que “os passistas experientes nesta técnica, com uma ou duas passagens sobre o corpo do paciente, já detectam muitas e valiosas informações, mas as pessoas que ainda não têm domínio da experiência, nem sensibilidade “psicotátil” apurada, sentirão necessidade de experimentar mais vezes. O tempo e a prática   continuada melhoram enormemente tal sensação e registro.”
Ou seja, qualquer pessoa pode desenvolver esta percepção, esta sensibilidade psicotátil por meio de prática, atenção e persistência. E quanto mais pudermos experimentar com várias pessoas, em situações diferentes, mais subsídios teremos para fazermos comparações e mapearmos as diferentes vibrações energéticas humanas.
É isto é especialmente útil a médiuns que  trabalham com cura, passes em geral e desobsessão, pois, com esta sensibilidade, podem  avaliar melhor o estado de assistidos e entidades desequilibradas, detectando suas reais necessidades e  maiores carências, além de poder, inclusive, captar pensamentos e sentimentos por meio desta técnica de leitura energética.
  
2. TRABALHANDO a AURA e os CHACRAS
Edgard Armond, em Passes e Radiações, diz que “quanto mais ativo ou desenvolvido for o centro de força, maior capacidade de energia ele comporta e, portanto, maiores possibilidades oferece em relação ao emprego dessa mesma energia; e como as faculdades psíquicas são afetadas e estão, em grande parte, subordinadas ao funcionamento dos centros de força, compreende-se que o maior desenvolvimento de um deles acarreta  o desenvolvimento da faculdade psíquica correspondente e vice-versa.”
Trabalhar a aura e os chacras é o mesmo que trabalhar as próprias energias, fazendo com que as mesmas circulem de forma mais intensa e regular entre o perispírito e corpo físico, e entre o meio, astral ou material, e os nossos corpos.
Essa movimentação, como já destacamos, é essencial para que haja saúde física e espiritual, já que, com o movimento, nossas energias se reciclam e renovam, limpando eventuais cargas mais densas, desfazendo possíveis bloqueios nos chacras e nos órgãos e repondo possíveis perdas energéticas que possam ter ocorrido, seja por que razão for, além de desenvolver e ampliar as capacidades, os potenciais do chacra e da própria aura, como destaca Armond.
Para fazê-la basta acionarmos a vontade,  por meio do pensamento e do sentimento direcionados. Como as energias são extremamente dóceis aos nossos comandos mentais e ganham, facilmente, as qualidades que lhes atribibuirmos com o coração e a mente, ao visualizarmos essa movimentação, o sentido que queremos que tome, as ações que queremos que execute, as energias nos obedecem e iniciam o trabalho.
É importante que, antes de iniciarmos qualquer prática ou trabalho com energias, nós elevemos os nossos pensamentos e as nossas vibrações, e nos coloquemos em sintonia com algo maior, com mentes elevadas, com seres de luz, que possam nos garantir uma boa frequência vibratória, de modo a captarmos as energias que possam nos fazer mais bem, física e espiritualmente.
As técnicas usadas para este trabalho de movimentação energética podem ser as mais variadas, sem que haja uma mais ou menos apropriada, ou melhor ou pior que outras. Todas são válidas, desde que tragam bem estar e sejam eficientes para o praticante. O importante é que permitam trabalhar os chacras, desobstruindo-os, e a aura, ampliando-a e sutilizando-a.
O médium que tem por hábito trabalhar regularmente suas energias na aura e nos chacras, terá mais sensibilidade às entidades desencarnadas, sejam amparadores ou obsessores, facilitando o processo do fenômeno mediúnico, a sintonia, a comunicação  e a assistência aos espíritos em desequilíbrio.
Além disso, estará sempre promovendo a higienização de suas próprias energias que podem contaminar-se no contato com pessoas desequilibradas ou entidades perturbadas. 
3. IDENTIFICANDO e MODIFICANDO ENERGIAS
À medida que trabalhamos nossa aura e nossos chacras, desenvolvemos também nossa
sensibilidade energética, apurando-a, aperfeiçoando-a e aprendendo a identificar energias nos  ambientes, nas outras pessoas e em nós mesmos.
É o que diz Edgard Armond, no livro Desenvolvimento Mediúnico, quando afirma que “a capacidade de sentir fluidos, tecnicamente desenvolvida, permite ao médium determinar, no seu próprio organismo, o ponto ou os pontos  de incidência, segundo a natureza dos fluidos, selecionando-os por sua categoria vibratória, entre os extremos do bom e do mau, do benéfico e do maligno, do fino e do pesado, do excitante e do sedativo, do quente e do frio, etc., podendo, assim, com o correr do tempo, formar, para seu próprio uso, uma escala de valores fluídicos de inegável utilidade na vida prática.
“Permitirá também que os médiuns possam e saibam se defender dos ataques contra eles desfechados pelos maus espíritos, como os fluidos dos ambientes malsãos, como ainda identificar os espíritos qie deles se aproximarem, distinguindo e classificando as vibrações lançadas a distância e delas defendendo-se em tempo hábil.”
Identificando energias e sabendo que são muito sensíveis e dóceis à nossa ação mental e vibratória, podemos também modificar energias nos ambientes, objetos, pessoas e em nós mesmos. 
Ao percebermos energias à nossa volta que nos pareçam densas e negativas, podemos trabalhar para dispersá-las ou mesmo sutilizá-las, tornando-as inofensivas ou benéficas para nós e para quem estiver conosco. 
Isto é especialmente útil ao médium que pode usar este recurso para identificar entidades durante os trabalhos e, se necessário, anular sua influência vibratória ou reduzir esta influência para que não perturbem a reunião ou tragam desequilíbrios a ele mesmo e aos companheiros de trabalho.
4. USANDO o PENSAMENTO e os SENTIMENTOS
Usando o pensamento e o sentimento, podemos mudar as energias em nós e fora de nós. Elevando nossos pensamentos e sentimentos a padrões vibratórios mais sutis, podemos elevar também a frequência das nossas energias e das energias à nossa volta para padrões mais sutis.
Este é, com certeza, o melhor recurso de que dispomos para modificar nossas energias e mantê-las em padrões saudáveis, iluminados,  benéficos. Por esta razão, não devemos nunca
menosprezar o poder de que dispomos pelos pensamentos e sentimentos que externamos em palavras, gestos, escolhas, idéias, posturas, conduta (social, profissional e familiar), etc. Nossa vida interior é a melhor ferramenta de que dispomos para modular nossas próprias energias, em nosso favor e em benefício de outras pessoas.
O médium consciente deste mecanismo, e que aprende a controlá-lo, pode usá-lo de forma lúcida e ativa em sua atividade mediúnica, pois sabe que pode ajudar os espíritos perturbados a compreenderem melhor sua condição e pode também ajudar os mentores e amparadores a dar assistência a essas entidades ou aos próprios encarnados, inclusive os próprios médiuns, colhendo neles energias que lhes permitem interagir de forma mais direta com os planos mais densos.
Ernesto Bozzano, no livro Pensamento e Vontade, diz que não há “nada mais importante para a pesquisa científica e a especulação filosófica, do que a demonstração, apoiada em fatos, da seguinte proposição: pode um fenômeno psicológico transformar-se em fisiológico; o pensamento pode fotografar-se e concretizar-se em materialização plástica, tanto quanto criar um organismo vivo.
“De outro modo falando, nada é tão importante para a Ciência e a Filosofia, como averiguar que a força do pensamento e a vontade são elementos plásticos e organizadores.”
Aprendendo a usar o pensamento e os sentimentos para transformar energias, o médium desenvolve também maior sensibilidade para  lidar com espíritos desencarnados, podendo, inclusive, modular suas próprias energias e as do ambiente em que se encontra para facilitar, bloquear ou controlar a manifestação mediúnica, por seu intermédio ou de outros colegas do grupo a que pertence.
5. MANIPULANDO ENERGIAS
Além dos pensamentos e sentimentos, contamos ainda com mais algumas ferramentas para trabalhar e modificar energias. Uma delas é a visualização, que, na verdade, é apenas uma variação do próprio pensamento. Pela visualização, podemos atribuir, às energias, cores, luzes, texturas, movimentos, temperatura, consistência, formas, brilhos, vibrações, direção, etc, dando a elas maior força para alcançarem aquilo que pretendemos. Cada uma dessas “diferenciações” tem características próprias, vibrações próprias, que podem ser usadas para se facilitar a obtenção do efeito desejado.
Por meio da visualização, podemos também canalizar as energias para outras pessoas ou entidades, grupos, locais, objetos, etc. Podemos, ainda, modulá-las para que sejam melhor absorvidas, pressentidas e aproveitadas por aquele ou aqueles que as recebem. Isso é especialmente útil para os médiuns que trabalham com passes e práticas energéticas de aplicação, projeção ou doação de energias e fluidos em geral.
Sendo a mente um poderoso modelador das nossas energias e fluidos, o médium deve saber usá-la de forma produtiva e ÉTICA, dentro e fora do trabalho mediúnico, de forma a criar apenas formas saudáveis, que contribuam para o bem estar das pessoas e para a boa qualidade da atmosfera psíquica que o rodeia. A visualização também é importante no trabalho mediúnico, pois o médium pode ajudar muito a orientação de entidades desequilibradas plasmando, ao seu redor, formas que ajudem a entidade a compreender suas condições, as causas disso, suas opções no presente, etc. 
Além da visualização, podemos também usar nossas mãos, em gestos e movimentos
rítmicos, que produzam determinadas alterações nas energias, de modo a alcançarmos o que desejamos. Podemos também usar nossa respiração, nossos olhos, e qualquer outro recurso que, como médiuns, percebamos que facilita o nosso trabalho e nos ajuda a obter o resultado desejado.
6. MÉTODO das CINCO FASES – Edgard Armond
Sentindo dificuldade em encontrar médiuns realmente bem preparados para o trabalho, sem desequilíbrios ou desvios teóricos e práticos no exercício da mediunidade, Edgard Armond desenvolveu, ainda na década de 50, na  FEESP, um método para o desenvolvimento e aperfeiçoamento de médiuns, que chamou “Método das Cinco Fases”. Ao que parece, este foi o primeiro e, talvez, o único método de aprendizado mediúnico sistematicamente desenvolvido com base no estudo, no acompanhamento e na observação prática de médiuns em atuação. 
Inicialmente, Armond pensava em aplicá-lo apenas a médiuns já desenvolvidos e em atividade, com a intenção de  corrigir desvios e falhas, mas, com o tempo, percebeu que era necessário acompanhar o desenvolvimento dos médiuns desde o início, evitando, assim, vícios, confusões, interpretações equivocadas, etc. Por esta razão, já na década de 60, ele o incorporou à escola de médiuns desde as primeiras aulas, propiciando aos novos médiuns treinamento seguro e didático de suas próprias faculdades, num ambiente seguro e controlado.
Para isso, organizou o método num livro que chamou Desenvolvimento Mediúnico, onde afirmou que “nenhum processo, até o presente, foi adotado para o desenvolvimento prático de faculdades mediúnicas; nenhum sistema metódico  e de caráter didático que, na realidade,
resolvesse as inúmeras dificuldades e sutilezas que tal problema apresenta, dos pontos de vista técnico e operacional.
“Por toda parte, o que se observa é um generalizado empirismo, quando não o arbítrio individual ditando regras, produzindo desorientação, malbaratando valores mediúnicos aproveitáveis e retardando a difusão doutrinária. “
O que predomina é o sistema que vem de longa data, que vem de longe, de mandar que os médiuns se sentem às mesas e aguardem o desenvolvimento, a mediunidade se manifestando por si mesma, como for possível, sem nenhum método ou encaminhamento, pela ação dos espíritos desencarnados, bons ou maus, que frequentam estas reuniões, ficando os médiuns sujeitos a verdadeiras aventuras que também podem terminar bem ou mal.
“É fora de dúvida que as forças espirituais, sobretudo as de esferas inferiores, não podem ser manejadas de qualquer maneira, por qualquer pessoa, sem resguardo e preparação adequada,
sem um mínimo tolerável de conhecimento especializado.
“O sistema antiquado de sentar à mesa – que é uma tradição que vem dos primeiros tempos do Espiritismo – não passa de um hábito que deve ser substituído por conhecimento especializado e é nesse sentido que escrevemos este trabalho e o apresentamos aos dirigentes de sessões espíritas e de cursos de médiuns, na esperança de que seja útil e resolva tão delicado e antigo problema funcional, ou, quando não,  que, pelo menos, valha como uma sincera cooperação.”
Desde então, o seu método vem sendo usado por várias casas espíritas para o desenvolvimento prático de médiuns, com excelentes resultados, dando aos iniciantes mais segurança, autocontrole, conhecimento e destreza para participar dos fenômenos mediúnicos.
a) Primeira fase – percepção de fluidos
Nesta fase, os amparadores encarregados da instrução do grupo estudam o organismo dos médiuns e registram os seus pontos mais sensíveis, medindo o grau de sensibilidade de cada um. Em seguida, o dirigente encarnado pede a estes amparadores que projetem jatos de fluidos sobre os pontos observados em cada um dos médiuns, os quais devem, então, perceber, sentir esta projeção.
Segundo Armond, esta percepção deve, necessariamente, ocorrer por dois motivos básicos:
- porque os amparadores projetaram os fluidos nos pontos certos, previamente observados e anotados;
- porque eles também “personalizaram” esses fluidos, de acordo com a sensibilidade de
cada um, elevando ou abaixando a sua vibração, para que estejam mais próximos da faixa de sensibilidade energética dos médiuns Embora a percepção de fluidos não seja, de fato, uma capacidade mediúnica em sua origem e manifestação, pode ser mediunicamente desenvolvida pela ação de amparadores e instrutores espirituais e, quando bem treinada e interpretada, é muito útil aos médiuns, pois lhes permitirá mapear seus próprios pontos sensíveis, ao mesmo tempo em que criam uma classificação própria de fluidos, de acordo com os efeitos que provocam em si mesmos.
b) Segunda Fase – aproximação 
Nesta fase, a uma solicitação do dirigente, os amparadores interrompem a projeção de fluidos e se aproximam dos médiuns, fazendo-se pessoalmente sentidos. Os médiuns devem, portanto, sentir, perceber a aproximação e/ou a presença das entidades à sua volta.
A diferença aqui está no fato de, como os fluidos não estão mais sendo projetados sobre os pontos sensíveis, os médiuns terem que perceber a “movimentação” das entidades de forma
mais abrangente, sem estar focados em um ou dois pontos específicos. É como se os médiuns passassem a sentir, ver e perceber com todo o corpo, registrando a presença dos amparadores ao seu lado.
Desta vez os médiuns não estão recebendo qualquer estímulo de sensibilidade, cabendo unicamente a eles perceber a aproximação e o afastamento das entidades, de maneira geral. Esta capacidade bem desenvolvida permite aos médiuns prever e até evitar aproximações e contatos com pessoas, encarnadas e desencarnadas, negativas, hostis ou desequilibradas.
c) Terceira fase – contato 
Nesta fase, os intrutores espirituais, já tendo se aproximado dos médiuns, tocam, estabelecem contato com os mesmos, atuando sobre os chacras e a aura, de forma a serem realmente sentidos pelo tato psíquico ou energético. 
Este contato pode ser feito com as mãos ou em áreas maiores, interpenetrando parcialmente a aura e o perispírito do médium. Pode também ser feito nos chacras do duplo, nos plexos nervosos e glândulas do físico, ou nos pontos mais sensíveis, anteriormente observados.
Quando o contato se dá pelos chacras, o médium sentirá breve manisfestação de sua mediunidade, uma vez que os amparadores estarão agindo sobre o duplo.
Quando o contato ocorre pelos plexos e glândulas do físico, as manifestações serão reflexas, como tremores, espasmos e repuxamentos nas áreas atingidas pelo plexo e a glândula acionados.
Quando, no entanto, o contato ocorre nos pontos mais sensíveis, as sensações serão muito mais nítidas e localizadas que nos chacras e plexos, e serão também mais intensas que nas fases de percepção e aproximação.
d) Quarta fase – envolvimento
Esta fase é o mesmo que o acoplamento áurico, já descrito. Nela, os amparadores “envolvem”, energeticamente, a mente dos médiuns, expandindo este envolvimento, na medida do possível, para todo o perispírito, “abrançando-o” com a sua aura.
Quanto maior o envolvimento, menor será o grau de consciência do médium durante o transe.  Assim, nas comunicações puramente telepáticas, o envolvimento não passa da mente espiritual, não havendo qualquer contato áurico ou perispiritual mais intenso, podendo, inclusive, as entidades se comunicar a distância, sem estar “presentes” no ambiente do trabalho.
Já nas comunicações inconscientes ou mecânicas, o envolvimento se dá diretamente sobre
o órgão ou parte do corpo físico a ser utilizada para a manifestação, estendendo-se, em seguida, a todo o corpo e a aura do médium. E nas comunicações semiconscientes ou semimecânicas, o envolvimento acontece tanto na mente, como no órgão ou área do corpo físico relacionada com o tipo de manifestação.
Já nesta fase pode haver comunicação ou transmissão de mensagens, sem que seja necessário chegar à fase seguinte.
e) Quinta fase – manifestação  Esta fase é a finalização do processo, a comunicação propriamente dita e direta da entidade em nosso plano. Pode ser verbal ou escrita; consciente, semiconsciente ou inconsciente; mecânica ou semimecânica, conforme o tipo de faculdade do médium.
7. CONCLUSÃO
A mediunidade ou percepção exta-sensorial é uma faculdade disponível a todos os seres humanos, que depende apenas de fatores inerentes a todas as pessoas, como as bioenergias, os chacras ou centros de força, o pensamento, a vontade, os sentimentos e as emoções. Embora ela possa variar em grau de intensidade e profundidade, bem como de tipo, o "segredo", se é que há algum, está apenas em adestrar e aperfeiçoar a manifestação e o uso desses atributos, por meio de exercícios e práticas que facilitem e intensificem a sensibilidade extra-sensorial, os quais, na maioria das vezes, já estão disponíveis para a humanidade há milênios, sem que lhes fosse dado o devido crédito.
Edgard Armond desenvolveu apenas mais uma prática, a ser usada, inicialmente, apenas  nos meios espíritas, onde ele atuou por décadas, mas baseou a estrutura e os fundamentos de seu método em conhecimentos e práticas milenares já estudados por diversos povos e culturas, em diversas épocas de nossa história.
                                                                                                    
Breve Currículo:
MAÍSA INTELISANO é terapeuta de vidas passadas e reikiana nível II, com mais de 30 anos de experiência em trabalhos mediúnicos e com quase dez anos de trabalhos, palestras e cursos destinados à orientação e à formação de médiuns e pessoas dotadas de percepção extra-sensorial. É articulista do site do IPPB - www.ippb.org.br, da Revista Espiritismo e Ciência, e mantém ainda uma coluna no Clube Somos Todos Um, em www.stum.com.br/maisaintelisano.

DESENVOLVENDO E EDUCANDO A MEDIUNIDADE


--- Questão [#001] 
a) O que é desenvolvimento da mediunidade? b) O que é uma mediunidade educada?

Resposta: a)  Desenvolvimento e educação da mediunidade é um conjunto de 

procedimentos teóricos e práticos pelos quais deve passar o candidato ao 
serviço mediúnico.  Você pode ter boa voz, gostar de cantar, mas para ser um 
cantor com boa educação terá de ler, estudar e desenvolver aulas práticas de 
canto lírico popular, de acordo com suas tendências musicais. Na mediunidade 
também você terá de estudar, criar vínculos positivos nas tarefas espíritas que 
o ajudem a desenvolver a disciplina, a perseverança, a sintonia com os planos 
superiores da vida, participar de um grupo de estudos relativos ao tema e ser 
encaminhado no momento certo a uma reunião prática de desenvolvimento e 
educação.
b)  Uma mediunidade  educada será, então,  avalizada pela participação do 
médium nas tarefas da instituição a que esteja filiado. É uma faculdade que 
permite aos espíritos protetores utilizarem seus talentos na área de atender os 
espíritos desencarnados que estejam em sofrimento.

--- Questão [#002] 
Quais são os passos do desenvolvimento e da educação da mediunidade?

Resposta: Passos básicos para o desenvolvimento de um médium numa casa 
espírita:
1 – o candidato deve ser atuante em boas ações;
2 – praticar estudos da mediunidade com frequencia, em que  possa ter conhecimentos básicos do  que é mediunidade, causas, efeitos e conseqüências;
3 – desenvolver o hábito de leitura e estudo individual de obras espíritas;
4 – Vencidos os pontos  anteriores,  será o momento de encaminhar a uma reunião de desenvolvimento e educação da mediunidade quando, então,  as influências irão acontecendo num ritmo apropriado a cada indivíduo.
5 – Mesmo depois de estar estudando sobre mediunidade e trabalhando a mesma, o correto é o médium continuar vinculado a tarefas de ajuda ao próximo quando necessário e estudo é fundamental, atos públicos e tarefas de assistência social sãoindispensáveis

--- Questão [#003] 
Como vamos saber se uma pessoa tem mediunidade para ser desenvolvida?

Resposta: No caso da psicofonia, existem sensações físicas e emocionais que podem ser reconhecidas como sinais de sensibilidade mediúnica. Pode também ser  que, ao formar um novo grupo de estudos  da mediunidade, os dirigentes, num trabalho de observação do quadro de cooperadores, percebam aqueles que 
demonstrem possibilidades de virem a participar das atividades mediúnicas, seja como médiuns passistas, médiuns de sustentação, esclarecedores ou até mesmo na própria psicofonia que venha a se apresentar mais tarde. Lembrar sempre que mediunidade é tarefa de especialização e exige dedicação e disciplina contínuas.

--- Questão [#004] 
O desenvolvimento da mediunidade se dá com as reencarnações, pois é uma atribuição do espírito, ou podemos acelerar este processo durante as aulas de educação mediúnica?

Resposta: No passado, o mediunismo era uma tarefa empírica, desenvolvida ou nos templos de iniciação ou nos rituais xamânicos, sempre pela prática, sem estudos específicos. Na mediunidade com Jesus, conforme praticada na Doutrina Espírita, observamos que a maioria dos médiuns estamos passando por ela pela primeira vez nesta encarnação, alguns raros pela segunda vez. O que estamos desenvolvendo ao longo das reencarnações, promovendo nossa evolução, é a vivência dos valores e virtudes da lei de caridade e do amor.

--- Questão [#005] 
Haverá manifestação espírita física sem a participação direta ou indireta de um médium?

Resposta: Manifestação espírita sim, de um espírito sobre a matéria. Manifestação mediúnica não; sempre haverá a necessidade da presença de alguém com recursos mediúnicos, mesmo que isto ocorra de maneira totalmente inconsciente para este médium. As irmãs Fox não sabiam que eram médiuns.

--- Questão [#006] 
Participo de um grupo mediúnico que devido a complexidade dos trabalhos, na grande maioria das vezes, os médiuns tem que se jogar ao chão para receber os espíritos que manifestam. São espíritos disformes ou com formas animalescas. Pergunto: Isso é falta de educação mediúnica? É incorporação? É necessário? É 
um trabalho diferenciado ou já existem outras casas fazendo o mesmo? Gostaria de alguns esclarecimentos a respeito, se possível.

Resposta: É falta de orientação dos dirigentes e de autocontrole dos médiuns. Se estudarem os pontos básicos da mediunidade, verão que é totalmente dispensável qualquer gesto físico extravagante para demonstrarem o estado espiritual de desequilíbrio do espírito comunicante. Imagine se um destes 
médiuns der passividade a um espírito que foi lutador de boxe e ele estiver nervoso, atacado na hora da comunicação, mata o esclarecedor de tanta pancada.Não é incorporação, no sentido de o espírito do médium sair do corpo e entrar o do comunicante. O fenômeno mediúnico acontece mente e a mente, cérebro a cérebro, perispírito a perispírito. Se existem outras casas fazendo o mesmo, está faltando nelas educação 
mediúnica, estudo sério e orientação segura.

--- Questão [#007] 
A pratica da mediunidade e nato ou devemos desenvolve-la? E livre arbítrio ou um dia, mais cedo ou mais tarde, devemos praticá-la?

Resposta: Ter mediunidade é diferente de ser médium trabalhador de uma 
instituição espírita. Para algumas pessoas é nato o contato com a mediunidade, 
desde cedo sentem ou demonstram sinais característicos de mediunidade a exemplo 
de Francisco Cândido Xavier e tantos outros. Para outros, só vai manifestar-se 
depois de estarem freqüentando a reunião mediúnica.
Desenvolver ou não a mediunidade que se apresente será sempre livre arbítrio do 
indivíduo, se não aproveitada hoje pode,  no futuro, voltar ou não a ser 
incluída no programa reencarnatório do espírito.

--- Questão [#008] 
Temos observado que a mediunidade tem aflorado em crianças e adolescentes. Como 
podemos abordar esta sensibilidade da criança e no jovem?

Resposta: Como explicado na questão 7 (anterior), se a mediunidade se 
apresentar na criança,  esta deverá entrar no tratamento espiritual se houver 
estado de perturbação; ou simplesmente ser encaminhada para as atividades da 
evangelização infantil, mais passes, água fluidificada, culto do evangelho no 
lar , oração e leituras individuais (aliás, caminho de toda criança espírita).
No jovem, igualmente,  se houver perturbação, o tratamento espiritual de 
desobsessão , seguido do encaminhamento  deste jovem espírita (se for do 
interesse dele e de seus familiares), a tarefas e estudos da mocidade e 
integração na instituição espírita. Somente mais tarde, se houver indicação ou 
necessidade,  encaminhá-lo ao desenvolvimento e educação da mediunidade.

--- Questão [#009] 
Caro senhor, pequena contenda estabeleceu-se em nosso meio espírita ,no que diz 
respeito a comunicação de entidades respeitosas que se comunicam com 
característico sotaque dos afro-descendentes, embora a inquestionável 
profundidade doutrinaria e evangélica contida nessas comunicações... Para 
alguns, falta de educação mediúnica, do médium no caso. Para outros ,detalhe 
irrelevante, uma vez que estas entidades se fazem identificar com as 
características de uma encarnação no período escravista. Muito embora espíritos 
de inquestionável evolução, fazem-no por demonstração de humildade. O que o 
senhor pensa a respeito?

Resposta: Precisamos estudar mais e ser menos piegas. Antes de ser um africano, 
um alemão, um árabe, é um espírito que já teve dezenas e centenas de outras 
nacionalidades, pertencendo a outras raças. Imagine se o espírito resolve fazer 
uma salada disto tudo, será o caos.
Digo ser menos piegas porque, mesmo que o espírito se manifeste com esta ou 
aquela característica racial  ou cultural na linguagem,  devemos lembrar que 
Doutrina Espírita  é oportunidade de elevação e progresso. 
Cabe ao dirigente da reunião convidar o espírito para que se manifeste em 
língua portuguesa, já que está num ambiente físico e espiritual deste idioma. 
Se cabe ao médium educar o linguajar e a conduta cabe ao espírito também fazer 
sua parte. Chega de sotaques e esquisitices, seja o espirito comunicante preto, 
branco, amarelo, velho, novo ou de meia idade.

--- Questão [#010] 
Caro Armando, como fazer para termos certeza se o que vemos são apenas visões 
do nosso inconsciente, ou se realmente estamos vendo. Estou iniciando agora na 
sessão mediúnica, mas já faço o curso de mediunidade da FEB a quase dois anos, 
mas como o Espiritismo é algo novo para mim, me sinto muito insegura, pois 
vejo, escuto, e sempre penso que são coisas da minha cabeça. Como resolver isso?

Resposta: Dúvidas na mediunidade, tais como,  se o que está acontecendo é 
realmente um fenômeno mediúnico ou se é uma criação consciente ou inconsciente 
da mente do médium são muito comuns. Por isto,  falamos sempre da importância 
de a reunião mediúnica ser dirigida por pessoas competentes, que possam 
orientar com segurança o iniciante ou mesmo médiuns já na atividade há mais 
tempo. Estas orientações podem ser  baseadas em obras idôneas que tratam  do 
assunto ou mesmo a análise do que está acontecendo, sob uma ótica de bom senso 
e prudência. 
Na vidência então é muito comum estas dúvidas estarem presentes pois é muito 
fácil misturar cenas do que seja espiritual com quadros que estejam no 
subconsciente do médium ou cenas vistas no dia a dia ou em filmes, etc.
Recomendamos oração, vigilância, para poderem-se separar o joio e o  trigo.

--- Questão [#011] 
Por que eu vejo as coisas com uma visão tão turva, como se fosse uma cortina de 
fumaça, eu estou iniciando agora nas sessões mediúnicas e fico totalmente 
insegura, apesar da nossa equipe SEEBEM ser muito unida, formada realmente por 
grandes amigos, como muita afinidade e harmonia, as vezes fico insegura, por 
medo de estar mistificando, o que devo fazer para me libertar disso?

Resposta: No início, os médiuns começam tendo nenhuma ou parcial percepção do 
ambiente espiritual da sala de reunião mediúnica. Com o tempo,  a dedicação e o 
desenvolvimento, estas percepções vão-se tornando pouco a pouco mais claras. 
Para se libertar do medo de estar mistificando, procure sempre orar, vigiar e 
buscar ajuda dos espíritos dirigentes da reunião. Solicite que ajudem você a 
melhorar seu padrão de auto-equilíbrio tanto no ambiente da reunião como, 
principalmente, no mundo lá fora e faça sua parte.

--- Questão [#012] 
Como identificar o momento exato para o desenvolvimento mediúnico? É verdadeira 
a assertiva que muitos afirmam, principalmente os umbandistas, ao dizerem que 
uma vez desenvolvida a mediunidade não se poderá interromper o desenvolvimento? 
Isso é verdadeiro? Em caso afirmativo, quais as conseqüências podem advir?

Resposta: Vamos trocar a palavra "exato" por "ideal". O momento ideal para o 
desenvolvimento mediúnico é, conforme resposta da pergunta 2 (dois), é aquele 
em que o  candidato esteja disposto a seguir os passos ali citados. Kardec 
recomenda que, em assuntos de mediunidade, primeiro a teoria e depois a 
prática.
É também Kardec, em  “O Livro dos Médiuns” que explica detalhadamente  a perda 
e suspensão da mediunidade. O  desenvolvimento poderá sofrer interrupções sim, 
principalmente se os motivos forem justos. O que a umbanda diz deverá ser 
utilizado e aplicado pelos trabalhadores da umbanda. Nossa orientação é com 
Kardec.

--- Questão [#013] 
Algumas pessoas dizem que está com a mediunidade aflorando deve receber, dar 
passividade aos espíritos, porque isto servirá como um desabafo, uma válvula de 
escape. Isto procede? Se não, por que?

Resposta: Mediunidade aflorando é um termo simplista para quem esteja sofrendo 
uma ação mais ostensiva de espíritos desencarnados. A pessoa precisa de 
tratamento espiritual, assim como o espírito que a está influenciando.
Dar passividade fora do ambiente da reunião mediúnica não atende nem o espírito 
nem o próprio médium; será um cego conduzindo outro e os dois alcançando um 
resultado inconveniente. Não será válvula de escape para nenhum dos dois e sim 
válvula de perturbação .

--- Questão [#014] 
Na reunião de desenvolvimento e educação da mediunidade deve-se estudar quais 
obras? Deve-se ter uma parte teórica e outra prática desde do início?

Resposta: Devem-se estudar obras que tratem  de esclarecer pontos a respeito de 
médiuns e mediunidades.
Utilizamos  “ O Livro dos Médiuns” por ser a obra básica  do assunto e a maior 
fonte de informações  existente na biblioteca espírita.
Utilizamos, ainda, com resultados positivos: “Diretrizes de Segurança” de 
Divaldo P. Franco e José Raul Teixeira, e “Seara dos Médiuns” de 
Emmanuel/Francisco Cândido Xavier.

--- Questão [#015] 
Boa parte dos espíritas ainda acha que o médiuns iniciantes não devem ser 
reprimidos nas suas manifestações. Isto é correto? Por que?

Resposta: Reprimidos não, conduzidos e esclarecidos no comportamento 
disciplinado e na utilização dos talentos mediúnicos, sim. No livro “Agenda 
Cristã” André Luiz, espírito, lembra: -“Quem não acredita na necessidade da 
disciplina desça a ladeira no carro sem freios”.

--- Questão [#016] 
Olá! A minha duvida é a seguinte : caso seja identificado que um pessoa tenha 
mediunidade, digo, que ele tenha facilidade na comunicação com o mundo 
espiritual e essa pessoa não desenvolve, ela ignora este dom, seja por medo ou 
por falta de tempo para estudo qualquer que seja o motivo. Estaria ela deixando 
de cumprir uma missão que estava pré estabelecida?

Resposta: Se fazem parte do programa reencarnatório desta pessoa o 
desenvolvimento e educação da mediunidade e ela opta por abster-se deles, fica 
em aberto com a própria consciência e com os espíritos que avalizaram sua 
reencarnação, esta realidade. Lembrando a Parábola dos Talentos, será o caso do 
operário que recebeu um talento, não o aplicou e o devolveu ao Senhor  da 
Vinha. Leia esta parábola de O Evangelho segundo o Espiritismo.

--- Questão [#017] 
Todos nós temos mediunidade?  Às vezes sinto que está faltando algo, não sei o 
que, mais sinto necessidade uma busca , sinto que esta busca está ligada ao 
mundo espiritual. Será que este sentimento faz parte daqueles que precisam 
buscar o Desenvolvimento da Mediunidade? E porque existe esta cobrança? Esta 
cobrança é do nosso interior ou do lado espiritual?

Resposta: Todos nós temos sensações ligadas a espíritos desencarnados; nem 
todos temos mediunidade para desenvolver nesta encarnação. O que você sente e 
não identifica, talvez seja o chamado de seus mentores, dos espíritos que o 
avalizaram no processo desta reencarnação, para que siga a recomendação passada 
a Allan Kardec: -“Espíritas, amai-vos; eis o primeiro ensinamento. Instruí-vos; 
eis o segundo”.
Dedique mais tempo de sua vida a estudar o Espiritismo. Dedique mais tempo de 
sua vida a exercitar o amor/caridade. Dedique-se mais  ao cultivo das virtudes 
do Evangelho, seja voluntário nas tarefas do bem e colha os resultados de 
sentir sensações positivas e construtivas em cada passo de sua vida.

--- Questão [#018] 
Moro nos EUA há 3 meses, no estado de Missouri. Neste estado não há centros. 
Quando estava no Brasil comecei a sentir algumas sensações do tipo: uns 
nervosismos mas que são um pouco diferentes, as vezes intensos ou algumas vezes 
fracos; tristeza,medo,raiva ate em momentos que estava bem; grande vontade de 
chorar sem motivos, e certa vez quando pisei o pé no centro chorei sem 
parar,mas não queria; fadiga como se tivesse sugado minhas energias sem ter 
feito nenhum esforço; sinto como se alguém estivesse vindo em minha 
direção,quando olho não vejo ninguém mas ainda assim sinto a presença; arrepios 
que parecem mais um tipo de energia e ocorriam sem nenhuma causa. Muitos me 
disseram que minha mediunidade aflorou e que eu rezasse constantemente e 
estudasse. Assim tenho feito e de fato tem melhorado muito, apesar de ainda 
sentir algumas vezes. O que devo fazer aqui se realmente minha mediunidade 
aflorou?

Resposta: Sua situação geográfica é realmente especial. Já que não existe 
autodesenvolvimento mediúnico, neste caso recomendamos continuar estudando a 
Doutrina Espírita  num todo e, principalmente, livros relacionados à 
mediunidade. Por exemplo, além de estudar O Livro dos Médiuns,   o maior 
compêndio a respeito do assunto, ler também a obra de André Luiz pela 
mediunidade de Francisco Cândido Xavier, iniciando com o primeiro livro - 
“Nosso Lar”, depois o segundo - “Os Mensageiros” e ir sempre na seqüência até o 
ultimo - “A Vida Continua...”. Procedimento igual com as obras de Manoel 
Philomeno de Miranda pela mediunidade de Divaldo Pereira Franco. Será uma 
excelente formação teórica, com exemplos incontáveis a serem analisados em cada 
personagem. Persevere na oração, na vigilância e, dentro das possibilidades, no 
exercício da caridade.

--- Questão [#019] 
Qual a diferença entre Educar e Desenvolver a Mediunidade? Considerando que são 
coisas diferentes, qual das duas deve ser considerada como prioridade pelo 
médium espírita?

Resposta: Educar  e/ou desenvolver são palavras sinônimas em relação à 
mediunidade. A educação pessoal do médium como ser humano é muito importante, 
tanto que Joanna de Ângelis, espírito, chega a dizer que se preocupa muito com 
a educação do médium no dia-a-dia, fora das tarefas e do ambiente da 
instituição espírita, pois será o alicerce para as atividades do 
desenvolvimento. Caso  você as considere como coisas distintas, imagine que 
educar e desenvolver são as duas asas da mesma ave que é a mediunidade; ambas 
precisam ser fortes para se alcançar a  meta .

--- Questão [#020] 
Como desenvolver a mediunidade que se manifesta numa criança? E como trabalhar 
isso quando ela se mostra assustada com as evidências manifestadas?

Resposta: Não se desenvolve mediunidade em crianças. Crianças que demonstram 
estar percebendo os espíritos, estar em processo de envolvimento com espíritos, 
devem ser encaminhadas ao tratamento espiritual. Passes, água fluidificada, 
evangelização infantil, culto do evangelho no lar ensinam aos pais  melhorar o 
clima doméstico e  investir na higiene mental/moral do lar.

--- Questão [#021] 
Uma mulher grávida pode continuar trabalhando no Centro Espírita, dando passes, 
fazendo entrevistas, etc., sem prejudicar o bebê e a ela?

Resposta: Depende do estado de saúde física e de saúde mediúnica desta mulher. 
As tarefas que não se adequarem ao seu estado pessoal devem ficar em quarentena 
até poderem ser assumidas novamente. Aquelas, que ela tiver condições físicas e 
emocionais de desenvolver, podem ser desenvolvidas, lembrando sempre da 
prudência e do bom senso. Gravidez não é doença, mas é um estado especial na 
vida da mulher.

--- Questão [#022] 
Faço um curso de Estudos Espíritas e estou no segundo ano (mediunidade). 
Estamos fazendo exercícios práticos e tenho sentido um enorme calor nas mãos. É 
tão forte que elas chegam a transpirar. Segundo os dirigentes da Casa Espírita 
isso é um sinal de mediunidade. Qual é o canal? Gostaria de maiores 
esclarecimentos.

Resposta: Sentir calor nas mãos pode ser de um problema circulatório 
periférico, pode ser tensão emocional por estar na reunião esperando 
resultados, pode ser um monte de coisas. Pode até, de repente, passar e nem 
acontecer mais. Se for mediunidade mesmo, deverá progressivamente ser procedida 
de outros sintomas, de outras sensações, resultado de influência espiritual, 
seja para a psicofonia, para a psicografia, etc.

--- Questão [#023] 
A) Gostaria de saber porque quando passamos por uma série de perturbações que 
não possuem origem conhecida (que não seja por alguma doença física ou 
emocional) dizem que a mediunidade está aflorada? B) Por que acontecem essas 
perturbações quando a mediunidade é aflorada? C) O que uma pessoa que tem 
mediunidade aflorada (mas não é ostensiva) deve fazer se onde mora não há 
nenhum centro?

Resposta: A) este comentário: “dizem que a mediunidade esta aflorada” 
normalmente é feito por pessoas sem critério ou que acham ser tudo  
mediunidade. Repetimos mais uma vez: mediunidade não é doença. B) às vezes, a 
mediunidade se apresenta com algumas alterações sejam físicas sou emocionais, 
mas nada de extraordinário, salvo nos casos em que a obsessão esteja presente. 
C) Quem sente sensações, que possam indicar mediunidade e mora numa cidade onde 
não há centro espírita, deve buscar a oração, a leitura diária edificante. 
Favor ler também as respostas das perguntas de números 18 e 25.

--- Questão [#024] 
Gostaria de saber qual é o método mais eficaz para o médium psicofônico 
conseguir diferenciar o Animismo da manifestação mediúnica. Porque essa 
diferenciação é muito difícil tendo em vista que alguns espíritos se manifestam 
com quem tem mais afinidade tanto moral quando fluídica.

Resposta: O método mais usado é o da observação e acompanhamento pelo dirigente 
da reunião mediúnica e pelo(s) esclarecedor(es), junto com o próprio médium de 
psicofonia. Toda comunicação mediúnica terá sempre uma parte anímica, que irá 
diminuindo com o desenvolvimento  bem conduzido. Tomamos por exemplo uma talha 
de cerâmica, onde a água depositada, no início,  tem muito gosto de barro, até 
que com o  trocar da água, com o passar do uso da talha, ela vai cada vez 
ficando mais ajustada para ser um recipiente de água pura, perdendo o gosto 
inicial e deixando a água adequada para o uso. Assim, aconselhamos os médiuns a 
continuarem com os estudos e a parte prática e, com o passar do tempo, 
observarem as mudanças que estarão acontecendo. Estas observações, avaliações 
da psicofonia deverão ser realizadas sempre que possível ou necessário.

--- Questão [#025] 
Quando se vive em regiões geográficas onde não há acesso a centros espíritas 
que mantém cursos práticos de mediunidade, de seu desenvolvimento e educação, 
como podemos desenvolvê-la com segurança e sob os preceitos de Espiritismo 
cristão?  Se não temos quem nos possa orientar com segurança, como podemos 
desenvolvê-la e educá-la?

Resposta: Se não existe um centro espírita com reuniões específicas de 
desenvolvimento e educação da mediunidade, o que se pode e deve fazer  é ler, 
estudar, aumentar sua bagagem de conhecimentos teóricos, manter um bom padrão 
de oração e vigilância, enfim, cuidar de se desenvolver como espírita. 
Desenvolver mediunidade sozinho é atitude totalmente desaconselhada. Favor ler 
também a resposta da pergunta  18.

--- Questão [#026] 
Acredito ser necessário que o médium seja moralizado e conheça bem a D.E. Mas 
quando o indivíduo está com o fenômeno explodindo, a ponto de ser encaminhado 
para tratamento psiquiátrico, podemos partir para a prática da Educação 
Mediúnica e deixar a parte teórica para quando ele consiga estudar?

Resposta: Conforme a resposta da pergunta 12, em assuntos de mediunidade, 
primeiro a teoria e só depois a prática. O que explode é pólvora, bomba, 
mediunidade não explode. Já a pessoa pode estar em desequilíbrio que, se for 
mental,  cabe-lhe o tratamento com a medicina especializada e seja mental ou 
influência espiritual, recomendamos também o tratamento espírita.

--- Questão [#027] 
Eu já ouvi relatos e até presenciei melhoras de pessoas que estavam com 
problemas com a sua mediunidade, cujo  desenvolvimento mediúnico foi ir logo 
para a mesa e dar passividade. Como devemos ver estes casos?

Resposta: Conforme respostas às perguntas 12 e 26, precisa-se analisar com 
prudência e bom senso o assunto. Normalmente, acontece uma melhora inicial mas, 
a longo tempo, dificilmente esta pessoa persevera e quando persevera vira 
freqüentador de reunião mediúnica apenas. Raramente vai para a parte dos 
estudos e da formação adequada de base. É mais fácil receber espírito  que 
estudar Espiritismo.

--- Questão [#028] 
Por que no "aflorar" da mediunidade nós, muitas vezes, nos sentimos deprimidos, 
doentes, com crises de choro e de riso?

Resposta: As mudanças, ocorridas tanto no estado físico como no emocional,  
demonstram à  pessoa que algo “diferente” está acontecendo, que ela está 
recebendo influências diferentes, as quais não fazem parte do seu agir no 
dia-a-dia. Mas,  iniciado o tratamento ou os estudos de mediunidade, isto passa 
tranqüilamente. Observação: não é necessário  acontecerem  estes sintomas, que 
você descreveu, para se caracterizar a mediunidade.

--- Questão [#029] 
Eu já vi em uma apostila ou um livro, não sei ao certo, em que para o 
desenvolvimento da mediunidade, nos exercícios práticos aconselhava, por 
exemplo, para desenvolver a mediunidade de desdobramento, de nos deitarmos na 
cama e imaginarmos flutuar até o teto. E tinha outras práticas para as outras 
mediunidade. Estes tipos de práticas são válidas?

Resposta: Esta não é uma recomendação espírita. Você deve ter lido isto em 
livros espiritualistas ou esotéricos, que falam de viagem astral ou 
desdobramento. Pode ser válido para quem não tem a orientação segura de O  
Livro dos Médiuns e da Doutrina Espírita . Há procedimentos diferentes para o 
desenvolvimento da mediunidade com Jesus.

--- Questão [#030] 
Como ter certeza de que se tem predisposição mediúnica?

Resposta: Allan Kardec explica em O  Livro dos Médiuns : - Médium é todo aquele 
que sente em algum grau os espíritos. Uma vez que com algumas pessoas isto pode 
acontecer de maneira muito sutil e em ocasiões raras e, com outras, pode 
acontecer com mais intensidade e  mais freqüência, observamos que as pessoas   
pertencentes ao  segundo grupo tem mais certeza desta predisposição mediúnica.

--- Questão [#031] 
Os santos da Igreja eram médiuns? Se a mediunidade é algo intrínseco, por que 
precisamos desenvolve-la?

Resposta: Muitos homens e mulheres canonizados pela Igreja foram médiuns 
ostensivos. Mediunidade é intrínseca mas não se tem domínio sobre sua 
aplicação. Daí, desenvolver  a mediunidade será desenvolver a maneira de se 
usar dignamente este talento, utilizando-a  para as experiências positivas e 
construtivas que a Doutrina espírita  ensina e recomenda.

--- Questão [#032] 
Tenho uma amiga que é médium de incorporação, mas ela ainda não consegue 
controlar e acaba recebendo "irmaõzinhos" das pessoas que  sentam ao lado dela 
(isso não é tão freqüente) em lugares comuns ou até dentro do centro espírita 
(na hora do estudo por exemplo). Como ela pode controlar isso?

Resposta: Médium é médium 24h de todos os dias. Se ela está passando por esta 
situação, não deve ter passado por uma experiência correta de reunião de 
desenvolvimento e educação da mediunidade e, se passou, não colocou em prática 
as recomendações e procedimentos   ensinados. Médium que recebe espírito em 
qualquer lugar, a toda hora, está em franco estado de perturbação. 
Recomendáveis tratamento espiritual, oração, vigilância e muito estudo da 
mediunidade.

--- Questão [#033] 
Em um dos evangelhos Jesus propõe a um jovem que abandone tudo e que O siga, 
entretanto o jovem opta por ficar e enterrar seu pai recém desencarnado. Jesus 
então afirma "Deixai que os mortos cuidem dos mortos e os vivos cuidem dos 
vivos". Minha pergunta: Estamos nos preocupando demais com os mortos e de menos 
com os vivos? Às vezes me pergunto se nos preocupássemos mais com nossos irmãos 
encarnados, por meio da caridade, não estaríamos conseqüentemente auxiliando 
nossos irmãos desencarnados. Porque então alguns médiuns e dirigentes de 
centros espíritas se preocupam muito mais com uma boa comunicação ou uma 
psicografia perfeita ou com a organização do centro e dão menos valor ao 
indigente ou ao doente encarnado?

Resposta: Allan Kardec ensina que devemos ser como um feixe de varas para que a 
união de vários trabalhadores ofereça a resistência ao grupo. Assim, teremos no 
grupo pessoas que se interessem por atividades diversas, sejam as pertinentes 
aos espíritos encarnados como as relativas aos espíritos desencarnados. Paulo 
já ensinava isto nas suas cartas falando da diversidade dos carismas entre os 
membros de uma mesma igreja.

--- Questão [#034] 
A mediunidade tem, fundamentalmente, origem orgânica e pára por aí, ou é 
basicamente ligada a resgates do espírito ou os dois fatores ocorrem juntos? Se 
assim for, como distinguir quando é um ou outro destes fatores que mais 
interferem em determinado fenômeno mediúnico?

Resposta: Podem acontecer os dois fatores, juntos ou separados. Difícil se 
distinguirem, principalmente porque  os dois fatores, basicamente,  estão 
interligados. Ao invés de preocuparmos com este  ponto, manda o bom senso que 
cuidemos de desenvolver e usar a mediunidade com dignidade nos serviços  que se 
propõem  consolar,  libertar consciências.

--- Questão [#035] 
A educação e direcionamento ao bem que uma pessoa pode fazer desta respeitável 
faculdade pode acontecer mesmo sem incentivo da família da pessoa (caso a 
pessoa seja menor de idade e more com os pais ainda) ?

Resposta: Se esta pessoa  é  menor de idade mas já tem uma vivência espírita, 
freqüenta uma casa espírita e atua nas atividades dela,  participa dos estudos, 
 das tarefas no bem, nada impede que ela seja encaminhada, se for necessário, 
aos grupos de estudo e preparação para o desenvolvimento mediúnico. Caberá a 
análise do caso aos dirigentes da casa espírita e do departamento de assuntos 
da mediunidade, para saber como proceder em cada caso.

--- Questão [#036] 
O que fazer quando se tem mediunidade mas se tem medo dela?

Resposta: André Luiz, espírito, diz que o medo é força congelante nos assuntos 
da mediunidade. Assim, deve esta pessoa estudar mais, aumentar seus 
conhecimentos teóricos a respeito da intervenção dos espíritos no mundo físico, 
participar dos grupos de estudos de assuntos da mediunidade, conversar, buscar 
sempre recursos que o tranqüilizem com relaçào  à segurança de atuar nesta 
área, desde que tomados os procedimentos corretos.

--- Questão [#037] 
Quais são os pesares da mediunidade não tratada para o médium que precisa se 
desenvolver?

Resposta: O desconforto de ter assumido um compromisso, uma tarefa, de que 
estava ao seu alcance dar conta, aurir sucesso, mas ficou no esquecimento.

--- Questão [#038] 
O livro "Desenvolvimento Mediúnico" de Edgar Armond, é um bom roteiro para as 
reuniões de Desenvolvimento Mediúnico?

Resposta: É um livro já  utilizado. No momento atual, existem outras obras que 
também tratam do assunto e os cursos apostilados,  desde os distribuídos pela 
Federação Espírita Brasileira até os compilados pelas Alianças Municipais ou 
mesmo  pela própria equipe da instituição espírita, onde será estudado o 
assunto.

--- Questão [#039] 
O desenvolvimento mediúnico do Livro dos Médiuns de Allan Kardec, está sendo 
praticado nos centros? Tem muita diferença das práticas de hoje?

Resposta: Não conhecemos todos os centros, mas podemos afirmar que aqueles, que 
estejam procedendo o desenvolvimento de sua equipe mediúnica com seriedade, 
mesmo  usando outros livros, apostilas montadas especialmente para o tema, 
terão sempre de se basear em O Livro dos Médiuns,  o maior tratado de 
mediunidade escrito na Terra até hoje.

--- Questão [#040] 
Estou fazendo meu desenvolvimento mediúnico neste ano no centro onde freqüento 
e a semana passada, durante o curso, na primeira parte do trabalho quando vem 
os irmãozinhos necessitados, sempre é fácil e rápido de perceber e receber o 
mesmo, a manifestação se dá com rapidez. Mas na segunda parte dos trabalhos, 
onde são os espíritos de luz e mensagem do nosso mentor espiritual, sinto muita 
dificuldade em receber qualquer manifestação. Semana passada escrevi com muita 
dificuldade e muita demora uma frase apenas; quase nem sentia meu braço, mas 
escrevi “O senhor é amor”. Gostaria de saber porque esta dificuldade na segunda 
parte dos trabalhos. Será que sou médium escrevente? Devo continuar insistindo 
na caneta e no papel? O que se sente normalmente nesta segunda parte dos 
trabalhos?

Resposta: A reunião de desenvolvimento mediúnico é dividida geralmente em três 
partes: 1ª: estudo de uma página  que trata da mediunidade; normalmente, lendo 
um livro desse assunto, capítulo a capítulo ou acompanhando uma apostila 
preparada para essa finalidade. 2ª: momento dos treinamentos mediúnicos, do 
desenvolvimento dos presentes na área de concentração, sintonia e passividade 
aos espíritos desencarnados  necessitados de ajuda. 3ª: reservada para 
vibrações, preces e é neste momento que, quando o grupo já possui médiuns em 
condições, acontece a comunicação de um ou mais espíritos benfeitores da 
equipe. A grande maioria dos médiuns que conhecemos em nossas viagens por este 
Brasil, trabalha com psicofonia apenas na segunda parte.  A comunicação de 
espíritos benfeitores está mais ligada à orientação do grupo ou da própria 
instituição e ocorre através de um ou dois médiuns. Alguns dirigentes de 
reuniões mediúnicas ainda têm o hábito de ficar incentivando o médium a receber 
seu mentor pessoal, para dizer algumas palavras, como se isto fosse parte do 
desenvolvimento  ou necessidade para completá-lo. Podemos afirmar, no entanto, 
tratar-se de fato totalmente desnecessário, já que a ligação destes espíritos 
com o médium é muito mais de apoio e sustentação.

--- Questão [#041] 
Já fiz “O Livro dos Espíritos”, estou fazendo “O céu e o inferno”, terminei o 
curso de mediunidade, e agora estou refazendo “O Livro dos Espíritos”. A minha 
duvida é a seguinte: tenho uma mediunidade ostensiva e a dirigente da mesa não 
me colocou no desenvolvimento alegando que preciso fazer meus tratamentos 
desobssesivos pois tenho vários irmãozinhos vinculados a mim de outra vida. Mas 
ando sofrendo bastante com minha mediunidade; alguns amigos trabalhadores da 
casa acham que eu já deveria estar no desenvolvimento. Tenho sofrido bastante 
oro muito, faço o evangelho toda semana e gostaria de saber o que fazer.

Resposta: Levando em consideração suas palavras, acreditamos que você esteja 
nos procedimentos de ser encaminhado a um grupo de desenvolvimento e educação 
da mediunidade. Se isto não está acontecendo, provavelmente, pode ser por não 
estar começando, no momento,  um novo grupo com esta finalidade, ou por nào 
haver vagas no já existente. Seja como for, até surgir a oportunidade de você 
ir para reunião de desenvolvimento e educação da mediunidade, aconselhamos 
perseverar nos estudos, nas tarefas do bem, nas orações diuturnas e, assim, 
criar e sustentar um “modus vivendi” que permita a ajuda dos espíritos amigos 
dessa instituição em seu favor.

--- Questão [#042] 
Toda pessoa obsidiada tem a mediunidade aflorada que precisa ser desenvolvida?

Resposta: A grande maioria das pessoas obsidiadas está sofrendo a ação de um ou 
mais espíritos com os quais tem ligação anterior. Feito o tratamento da 
desobsessão e mantida uma higiene mental/comportamental por parte desta pessoa, 
cessam os sintomas perturbadores. Somente uma pequena parte terá compromissos 
com a mediunidade e a necessidade do desenvolvimento.

--- Questão [#043] 
É possível, um médium iniciante, quando incorporado, visualize a condição do 
espírito?

Resposta: Existem médiuns e médiuns, cada um é um caso diferente nas 
particularidades. Mas acreditamos que é mais comum a um  médium principiante  
no envolvimento da psicofonia  ter mais dificuldades que facilidades em 
visualizar o espírito comunicante.

--- Questão [#044] 
Sei a necessidade da educação da mediunidade. Como saber, porém, até que ponto 
esse controle é benéfico ao trabalho sem ser nocivo ao espírito manifestante?

Resposta: O médico cirurgião para o ato cirúrgico necessita do concurso da 
anestesia. Mas esta será local, parcial ou geral, dependendo da gravidade da 
cirurgia. Da mesma forma, o médium deverá sempre recorrer ao concurso do 
controle sobre o espírito sofredor comunicante. Esse controle  será maior ou 
menor dependendo das características e da educação do médium psicofonico.  
Assim, a anestesia visa o controle do ato cirúrgico e  o controle do médium de 
psicofonia visa um atendimento mais amplo ao espírito comunicante.

--- Questão [#045] 
Qual a posição ideal a ser adotada por uma pessoa que percebe o início do 
desenvolvimento da mediunidade e não encontra um Centro espírita de confiança?

Resposta: Favor ler as respostas das perguntas  18 e 25, que atendem sua 
solicitação.

--- Questão [#046] 
O início da parte prática do desenvolvimento da mediunidade deve ser sempre a 
atividade de irradiação?

Resposta: Observamos que os exercícios de irradiações são muito benéficos no 
início do desenvolvimento pois ajudam na experiência prática de concentração e 
sustentação.

--- Questão [#047] 
Qual a importância de um curso de Desenvolvimento e Educação da mediunidade no 
Centro Espírita?

Resposta: Oferecer aos estudiosos e candidatos a participarem de reuniões 
mediúnicas, um conjunto seguro de informações e procedimentos para a utilização 
da mediunidade com Jesus, com segurança e equilíbrio.

--- Questão [#048] 
Qualquer pessoa pode desenvolver sua mediunidade para ajudar as pessoas, ou 
existe pré-determinação no mundo espiritual?

Resposta: Qualquer pessoa pode estudar mediunidade, desenvolver conhecimentos 
teóricos do assunto e melhorar, assim, sua capacidade de concentração, de 
sintonia com o mundo espiritual. Desenvolver a mediunidade será tarefa para 
aqueles que apresentem os sintomas mediúnicos, que tragam a mediunidade como 
parte das atividades do programa reencarnatório.

--- Questão [#049] 
É válido permanecer freqüentando grupos de estudo de mediunidade, mesmo quando 
já sabemos não possuir mediunidade?

Resposta: O Espírito de Verdade recomenda: “Espíritas, amai-vos; eis o primeiro 
ensinamento. Instruí-vos; eis o segundo”. Estudar Espiritismo é algo para ser 
feito continuamente,  e mediunidade é um dos assuntos que, realmente, aumentam 
nosso conhecimento. Continue participando de grupos de estudos da mediunidade 
sim, pois, mesmo  não tendo faculdades mediúnicas ostensivas, você poderá saber 
cada vez mais a respeito do assunto -  o que   é  muito produtivo -  e quando 
houver oportunidade, poderá  participar de reunião mediúnica com tarefa nos 
passes e na sustentação.

--- Questão [#050] 
Gostaria de saber se as pessoas que possuem um "potencial mediúnico", ou seja, 
que têm mais facilidade na relação com a espiritualidade, recebem em algum 
momento da vida um chamado para trabalhar com os irmãos espirituais? E se 
houver essa "convocação", como é que ela se dá?

Resposta: Quando a mediunidade faz parte do programa reencarnatório, ou seja, 
quando a criatura assume,  no mundo espiritual, compromisso de atuar na área 
mediúnica, em determinada época ela começará a sentir de maneira mais ostensiva 
estas percepções de espíritos em sua vida. Se ela já conhece Espiritismo, 
fica-lhe mais fácil  perceber e acompanhar esta fase, se não, terá de ser 
orientada a procurar uma instituição espírita. Não existe um chamado, um 
comunicado oficial, mas uma série de situações, de acontecimentos que acabam 
conduzindo a criatura  à conscientização da presença de mediunidade.