segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Oração a Mim Mesmo

Oração A mim mesmo, um momento a reflexão, uma parada quase obrigatória aos novos hábitos...

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Introdução ao Budismo


Sistema ético, religioso e filosófico fundado pelo príncipe hindu Sidarta Gautama (563-483 a.C.), ou Buda, por volta do século VI. O relato da vida de Buda está cheia de fatos reais e lendas, as quais são difíceis de serem distinguidas historicamente entre si. 

O príncipe Sidarta nasceu na cidade de Lumbini, em um clã de nobres e viveu nas montanhas do Himalaia, entre Índia e Nepal. Seu pai, era um regente e sua mãe, Maya, morreu quando este tinha uma semana de vida. Apesar de viver confinado dentro de um palácio, Sidarta se casou aos 16 anos com a princesa Yasodharma e teve um filho, o qual chamou-o de Rahula. 

História do Budismo
Aos 29 anos, resolveu sair de casa, e chocado com a doença, com a velhice e a com morte, partiu em busca de uma resposta para o sofrimento humano. Juntou-se a um grupo de ascetas e passou seis anos jejuando e meditando. Durante muitos dias, sua única refeição era um grão de arroz por dia. Após esse período, cansado dos ensinos do Hinduísmo e sem encontrar as respostas que procurava, separou-se do grupo. Depois de sete dias sentado debaixo de uma figueira, diz ele ter conseguido a iluminação, a revelação das Quatro Verdades. Ao relatar sua experiência, seus cinco amigos o denominaram de Buda (iluminado, em sânscrito) e assim passou a pregar sua doutrina pela Índia. Todos aqueles que estavam desilusionados pela crença hindu, principalmente os da casta baixa, deram ouvido a esta nova faceta de Satanás. Como todos os outros fundadores religiosos, Buda foi deificado pelos seus discípulos, após sua morte com 80 anos. 

Prática de Fé do Budismo


O Budismo consiste no ensinamento de como superar o sofrimento e atingir o nirvana (estado total de paz e plenitude) por meio da disciplina mental e de uma forma correta de vida. Também creêm na lei do carma, segundo a qual, as ações de uma pessoa determinam sua condição na vida futura. A doutrina é baseada nas Quatro Grandes Verdades de Buda: 

A existência implica a dor -- O nascimento, a idade, a morte e os desejos são sofrimentos. 

A origem da dor é o desejo e o afeto -- As pessoas buscam prazeres que não duram muito tempo e buscam alegria que leva a mais sofrimento. 

O fim da dor -- só é possível com o fim do desejo

A Quarta Verdade -- se prega que a superação da dor só pode ser alcançada através de oito passos: 

Compreensão correta: a pessoa deve aceitar as Quatro Verdades e os oito passos de Buda.
Pensamento correto: A pessoa deve renunciar todo prazer através dos sentidos e o pensamento mal.
Linguagem correta: A pessoa não deve mentir, enganar ou abusar de ninguém.
Comportamento correto: A pessoa não deve destruir nenhuma criatura, ou cometer atos ilegais.
Modo de vida correto: O modo de vida não deve trazer prejuízo a nada ou a ninguém.
Esforço correto: A pessoa deve evitar qualquer mal hábito e desfazer de qualquer um que o possua.
Desígnio correto: A pessoa deve observar, estar alerta, livre de desejo e da dor.
Meditação correta: Ao abandonar todos os prazeres sensuais, as más qualidades, alegrias e dores, a pessoa deve entrar nos quatro gráus da meditação, que são produzidos pela concentração. 

Missões do Budismo


Um dos grandes generais hindus, Asoka, depois do ano 273 a.C., ficou tão impressionado com os ensinos de Buda, que enviou missionários para todo o subcontinente indiano, espalhando essa religião também na China, Afeganistão, Tibete, Nepal, Coréia, Japão e até a Síria. Essa facção do Budismo tornou-se popular e conhecida como Mahayana. A tradicional, ensinado na India, é chamado de Teravada. 

O Budismo Teravada possui três grupos de escrituras consideradas sagradas, conhecidas como “Os Três Cestos” ou Tripitaka:
  • O primeiro, Vinaya Pitaka (Cesto da Disciplina), contêm regras para a alta classe.
  • O segundo, Sutta Pitaka (Cesto do Ensino), contêm os ensinos de Buda.
  • O terceiro, Abidhamma Pitaka (Cesto da Metafísica), contêm a Teologia Budista.
O Budismo cpmeçou a ter menos predominância na Índia desde a invasão muçulmana no século XIII. Hoje, existem mais de 300 milhões de adeptos em todo o mundo, principalmente no Sri Lanka, Mianmá, Laos, Tailândia, Camboja, Tibete, Nepal, Japão e China. Ramifica-se em várias escolas, sendo as mais antigas o Budismo Tibetano e o Zen-Budismo. O maior templo budista se encontra na cidade de Rangoon, em Burma, o qual possui 3,500 imagens de Buda. 


Teologia do Budismo
A divindade: não existe nenhum Deus absoluto ou pessoal. A existência do mal e do sofrimento é uma refutação da crença em Deus. Os que querem ser iluminados, necessitam seguir seus próprios caminhos espirituais e transcendentais. 

Antropologia: o homem não tem nenhum valor e sua existência é temporária. 

Salvação: as forças do universo procurarão meios para que todos os homens sejam iluminados (salvos). 

A alma do homem: a reencarnação é um ciclo doloroso, porque a vida se caracteriza em transições. Todas as criaturas são ficções. 

O caminho: o impedimento para a iluminação é a ignorância. Deve-se combater a ignorância lendo e estudando. 

Posição ética: existem cinco preceitos a serem seguidos no Budismo:
  • proibição de matar
  • proibição de roubar
  • proibição de ter relações sexuais ilícitas
  • proibição do falso testemunho
  • proibição do uso de drogas e álcool

As Verdades Biblicas segundo o Budismo


Deus: Cremos em um só Deus, eternamente subsistente em três pessoas distintas, o Pai, o Filho e o Espírito Santo, Dt 6.24; Mt 28.19; Mc 12.29. 

Jesus: Cremos no nascimento virginal de Jesus, em sua morte vicária e expiatória, em sua ressurreição corporal de entre os mortos, e em sua ascensão gloriosa aos céus, Is 7.14; Lc 1.26-31; 24.4-7; At 1.9. 

Espírito Santo: Cremos no Espírito Santo como terceira pessoa da Trindade, como Consolador e o que convence o homem do pecado, justiça e do juízo vindouro. Cremos no batismo no Espírito Santo, que nos é ministrado por Jesus, com a evidência de falar em outras línguas, e na atualidade dos nove dons espirituais, Jl 2.28; At 2.4; 1.8; Mt 3.11; I Co 12.1-12.

Homem: Cremos na na criação do ser humano, iguais em méritos e opostos em sexo; perfeitos na sua natureza física, psíquica e espiritual; que responde ao mundo em que vive e ao seu criador através dos seus atributos fisiológicos, naturais e morais, inerentes a sua própria pessoa; e que o pecado o destituiu da posição primática diante de Deus, tornando-o depravado moralmente, morto espiritualmente e condenado a perdição eterna, Gn 1.27; 2.20,24; 3.6; Is 59.2; Rm 5.12; Ef 2.1-3. 

Bíblia: Cremos na inspiração verbal e divina da Bíblia Sagrada, única regra infalível de fé para a vida e o caráter do cristão, II Tm 3.14-17; II Pe 1.21.

Pecado: Cremos na pecaminosidade do homem, que o destituiu da glória de Deus, e que somente através do arrependimento dos seus pecados e a fé na obra expiatória de Jesus o pode restaurar a Deus, Rm 3.23; At 3.19; Rm 10.9.
Céu e Inferno: Cremos no juízo vindouro, que condenará os infiéis e terminará a dispensação física do ser humano. Cremos no novo céu, na nova terra, na vida eterna de gozo para os fiéis e na condenação eterna para os infiéis, Mt 25.46; II Pe 3.13; Ap 21.22; 19.20; Dn 12.2; Mc 9.43-48.
Salvação: Cremos no perdão dos pecados, na salvação presente e perfeita, e na eterna justificação da alma, recebida gratutitamente, de Deus, através de Jesus, At 10.43; Rm 10.13; Hb 7.25; 5.9; Jo 3.16. 

Profissão de Fé: Para uma mais ampla informação sobre a doutrina bíblica fundamental, acesse aqui a Profissão de Fé da Igreja Pentecostal Betânia e do Sepoangol World Ministries

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Aspectos sentimentais do signo Libra

Aspectos sentimentais do signo Libra

:: Graziella Marraccini :: 

O Signo de Balança ou Libra é um signo de Ar, positivo e Cardeal, cujo planeta regente é Vênus (Veja mais em Signos Astrológicos).

Sendo Vênus o planeta regente, nosso primeiro pensamento é vermos os Librianos como sendo pessoas bonitas e refinadas, amantes das artes e muito interessados na vida social. Sendo porém um signo de Ar, a sua concepção do amor é menos prática daquela desejada pelos Taurinos. Eles tecem muitas vezes sonhos imaginários sobre as relações amorosas ideais, onde tudo seria perfeito, equilibrado e harmonioso. Tudo para o Libriano responde a um certo ideal de beleza e estética, onde nada esteja fora de lugar. Desta forma eles tendem a buscar esta parceria ideal, onde a forma pode ser as vezes mais importante do que o próprio conteúdo. Eles podem portanto sofrer grandes desilusões ao mesmo tempo que não se cansam de perseguir este ideal de perfeição.

Esta sua natureza idealista, faz com que tenham dificuldades de lidar com a realidade, e enfrentar os desafios e agruras da vida diária. Por isto, muitas vezes, escondem-se por trás de um parceiro mais terreno e realista.

O Libriano está sempre trabalhando em prol de alguma coisa, sempre buscando a ordem, a perfeição e o equilíbrio. O equilíbrio é indicado pelos pratos da balança, que ele tenta manter equilibrados, ao mesmo tempo que oscila entre uma coisa e outra. Ele irá sempre buscar conciliar os opostos, ouvirá sempre a opinião alheia, e saberá com hábil diplomacia, colocar seu ponto de vista e fazer, afinal, o que ele deseja, mesmo sendo capaz de fazer o seu parceiro pensar que é sua idéia ou opinião que está prevalecendo. De fato, o Libriano é um hábil diplomata, gentil e educado, cheio de finesse. As vezes, porém, ele acaba ficando 'em cima do muro', somente para não se comprometer. Desta forma, ele parece até pouco digno de confiança (e será que os diplomatas o são?).

Um dos mitos ligados ao signo de Libra é o de Tirésias que ficou cego por ter causado a ira de Zeus ao dizer que a fêmea sente mais prazer do que o homem. Ele teve uma experiência como fêmea pois desejava saber quem, dos dois sexos, sentia mais prazer. Porém, ele relutou muito em dizer a verdade a Hera e Zeus, e quando finalmente o fez acabou sendo duramente castigado. Talvez por isto o Libriano tem tanto medo de exteriorizar sua opinião. Na realidade este mito mostra que, ao perder a visão exterior, Tirésias ganhou a visão interior, e compreendeu o princípio da polaridade da natureza humana e de todas as coisas criadas. As vezes, o Libriano literalmente 'joga nos dois times', mas normalmente é uma coisa somente ideal e psicológica, fruto de sua mente diplomática e de sua tendência em demostrar as qualidades do sexo oposto sem perder contudo as suas próprias qualidades.

O Homem de Libra

Antes de mais nada precisamos dizer que o homem de Libra é refinado, tem bom gosto, não veste qualquer camisa ou roupa e não é grosseiro, rude e possessivo, estereótipo do 'manhão'. Se este é o tipo de homem que você procura, fique longe do Libriano. Ele é refinado, charmoso, sempre pronto para lhe agradar. Gosta de dar palpites sobre suas roupas, na decoração da casa, na escolha de um restaurante, que será sempre dos mais refinados. Ele adora fazer elogios e agradar.

Ele vai em busca do Belo, do Verdadeiro, do Harmonioso, mas cai facilmente nas armadilhas sofrendo muito quando não encontra aquele ideal imaginado e tão desejado. Como ele busca a 'mulher perfeita', aquela que sai na primeira capa das revistas de moda, é muito difícil conviver com ele, a menos que você mantenha em segredo as suas 'imperfeições', como as olheiras, as transpirações, as espinhas etc. Por isto nunca se depile perto dele, e mantenha a porta do banheiro fechada para manter segredo de suas intimidades. Apareça sempre maravilhosa e perfeita na sua frente! Você o terá aos seus pés.

Ele será muito generoso quanto aos presentes, da melhor qualidade é claro, já que ele adora luxo e diversões. Alguns Librianos porém, que vivem o lado sombra de sua personalidade, podem ser um pouco 'Dom Juan', tendo mais amor ao próprio amor do que a você. Além disso, ele lhe contará todas as suas conquistas amorosas, o quanto ele é admirado, etc. etc. Seja então tolerante, já que estas conquistas são somente estéticas em sua maioria, senão ele irá se fechar em sua torre de marfim e será difícil então aguentar a sua frieza.

Como durante a sua vida eles perseguem a parceria ideal, podem se casar muitas vezes, à medida que se desiludem com a parceira atual que de 'princesa' virou 'plebéia'. Se você conseguir manter sempre todo o seu romantismo aceso, sendo a companheira que compartilhe com ele o seu mundo de fantasias, então você conseguirá o melhor companheiro do mundo.

A Mulher de Libra

As mulheres de Libra são inteligentes e hábeis, além de charmosas e bonitas. A sua aparência, refinada e elegante, pode contrastar com o lado mais frio de sua personalidade, que é capaz de utilizar seu charme somente para vencer nos ambientes masculinos. Porém, não pensem que ela sobe na vida somente às custas de seu charme. Não, ela é realmente muito dotada intelectualmente e tem habilidade para lidar com estruturas e formas, coisa que pode deixar muitos homens desconcertados.

A mulher de Libra tem prazeres intelectuais, e os mesmos ideais de parceria ideal que o Homem de Libra. As vezes ela reprime seus verdadeiros sentimentos, tendo dificuldade para demostrar a sua afetividade, já que ela tem mais facilidade de raciocinar a respeito das coisas do que de responder instintivamente a elas.

O signo de Libra é um signo bastante complexo, tendo duas faces distintas que poderão ser vistas em dois tipos de libriana: aquela que mostra sem pudor todas as contradições contidas em seu signo duplo, e aquela que tenta esconder a sua grande necessidade afetiva por trás de um intelecto frio. Por isto tente venceras as duas, com carinho, afeto, amor e todas as demonstrações que podem lhe incutir a sensação de segurança. Afinal, ela busca somente aquele amor ideal que está nos romances do século 19! Você se lembra de Brigitte Bardot? 'E Deus Criou a Mulher'. Esta é a Libriana que, quando decepcionada com o amor encontrado na vida real, refugia-se no seu castelo ideal, cheio de cães e gatos!

Libra e o Amor

No geral podemos dizer que o libriano típico busca um relacionamento ideal, cheio de harmonia e comunicação. O libriano esconde suas emoções e detesta cenas de ciúme, grandes arroubos sentimentais. Ele prefere discutir friamente as situações, tentando resolve-las com a maior justiça, de igual para igual, ouvindo sempre os dois lados. Para receber mais destes relacionamentos, o seu parceiro precisa ser paciente e ele descobrirá a verdadeira jóia que se esconde as vezes por trás de uma aparente frieza. A dedicação do Libriano a um relacionamento é infinita, ele sempre tenta fazer ajustes e acordos para não desagradar o seu parceiro. Alguns Librianos simplesmente não conseguem viver sozinhos, portanto eles estão sempre em busca do 'parceiro ideal', daquela cara metade tão descrita nos livros. Na realidade eles precisam buscar este equilíbrio, não no outro, mas neles próprios, já que dentro deles (como dentro de todos aliás) existem as duas faces da medalha, os dois polos, negativo e positivo, o lado masculino e o lado feminino da natureza. Porém, o seu parceiro Libriano precisará aprender a demostrar mais o amor e o afeto, no lugar de discuti-lo.

Signos Relacionados

A Triplicidade do Fogo: Áries, Leão e Sagitário

Será um pouco difícil para os Librianos se relacionar com os fogosos e instáveis signos de fogo! Quanta emoção, quanta paixão! Isto pode deixar qualquer Libriano assustado. Porém como o Ar alimenta o Fogo, se este permanecer aceso, mas confinado dentro dos limites de uma aconchegante chaminé, então o relacionamento poderá ser criativo e agradável para ambos.

A Triplicidade do Ar: Gêmeos, Libra e Aquário

Os signos de Ar, sendo signos intelectualizados, têm tendência a discutir e analisar seus relacionamentos, esquecendo-se que os relacionamentos são feitos de sensações, emoções e gestos mais do que de palavras... Neste campo portanto, serão mais proveitosas as amizades do que os relacionamentos amorosos.

A Triplicidade de Água: Câncer, Escorpião e Peixes

Estes dois elementos não se misturam muito bem, no entanto os relacionamentos entre os elementos de Água e de Ar podem ser duradouros, especialmente se acontecerem com os signos de Peixes e Câncer, que possuem um lado romântico e sonhador que combina com o signo de Libra. O difícil será manter os pés no chão e enfrentar o lado prático e real do dia à dia.

A Triplicidade da Terra: Touro, Virgem e Capricórnio

Os signos de Terra possuem qualidades indispensáveis para o Libriano, pois eles tem os pés no chão e uma praticidade indispensável para um relacionamento duradouro. O elemento Terra sustenta o aéreo libriano. No entanto os parceiros de Terra não devem esquecer o lado idealista do romântico do Libriano e para manter aceso e saudável o relacionamento deverão fazer um grande esforço para poupar o seu companheiro do lado mais prosaico da vida.

Aspectos sentimentais do signo Leão

Aspectos sentimentais do signo Leão

:: Graziella Marraccini ::
O Leão é um signo de Fogo, regido pelo Sol, e como tal, é um signo de ação. O elemento fogo se preocupa principalmente com a descoberta e a realização de futuras possibilidades. O signo de Leão é particularmente criativo e, ao longo da vida, irá desenvolver todo o seu potencial de confiança magnanimidade, e altivez.

Tendo ele um mito do herói para imitar, tentará vestir este personagem, custe o que custar. Mas o mundo não é feito de preto e branco, de bons e maus, de vilões e heróis, mas contém muitas sutilezas que o leonino as vezes tem dificuldade de compreender. Sua tendência a se apegar a um ideal e a se enfurecer se este ideal não se ajusta à sua realidade, aparece claro nos relacionamentos dos leoninos. Tanto no trabalho quanto no amor, ele é constantemente frustrado pela mesquinhez, pela ambigüidade, pelo ciúme e pela maldade presentes na psique de todos os seres humanos. Em seu código moral ele fará o possível para esconder esta faceta da natureza humana. Portanto se desilude facilmente.

Dentro da sua ótica de herói mitológico, tampouco tem lugar os pequenos detalhes do dia à dia, que ele deixará aos seus "serviçais". E ele precisa ter um batalhão destes serviçais! Ele também adora as coisas bonitas e luxuosas, e se aborrece se sua conta bancária não consegue suprir suas necessidades. Quando ele precisa se ajustar a estas limitações se enfurece, e muito. Mas continua em frente com muito otimismo, pois ele "sabe" que voltará a reinar, e...em breve, sua conta estará novamente cheia.

Ele é a Divina Criança do Zodíaco e gosta de estar sob a luz dos refletores, não dividindo o palco muito facilmente. Ele está muito ocupado em olhar para si próprio e a descobrir a sua própria identidade para se preocupar com os outros. Este processo de descoberta e interiorização é primordial para o nato do signo do Leão. Ele é o herói em busca do Santo Graal e precisa ser reconhecido como tal.

A pior faceta de sua personalidade é o acentuado egocentrismo e a suscetibilidade exagerada e o dom de fazer com que as pessoas se sintam ingratas e culpadas, quando ele é tão tolerante e magnânimo.

O Homem de Leão

O homem de Leão é muitas vezes atraído por uma companheira dos signos de Terra. Ele precisa da influência estabilizante e realística destes signos. Porém as vezes o relacionamento pode se tornar um desastre, se o excesso de detalhismo e os acontecimentos diários tentarem invadir seu reino. O Leão é muito romântico, e pode deixar qualquer mulher nas nuvens, fazendo-a sentir desejada e amada, e tentará viver o arquétipo do 'macho'. O signo de Leão precisa sentir que ele é "o centro do universo", portanto a sua amada, por merecer suas atenções, deveria se sentir muito honrada de ser colocada "ao seu lado". Não tente porém dividir com ele a luz dos refletores! Não tente competir! A menos que este seu Leão seja muito auto-confiante e tenha uma excelente auto-estima. Com os signos mais adaptáveis, como Peixes, Virgem, Sagitário ou Libra, ele poderá ter relacionamentos também harmoniosos. Neste caso a parceira lhe dedicará muita atenção, devoção, adoração, e aceitará suas necessidades infantis com bom humor. Tente ser você mesma, sem porém jogar a sombra nele. Ele se orgulhará de você e a cobrirá de atenções e de carinhos. Afinal, tudo o que ele possui "é o melhor", não é?

A Mulher de Leão

A mulher de Leão também é uma rainha. E gosta de ser tratada como tal. Ela tem uma personalidade forte e não se ajusta ao modelo convencional de esposa submissa, resignada e retraída. Ela tem uma enorme necessidade de viver a própria vida á sua maneira e precisa de animação e dinamismo. Ela não gosta de ficar presa numa jaula e precisa expressar seus impulsos criativos, tendo habilidades para a organização do seu reino. Por isto poderá ocupar cargos importantes e de comando. É muito comum também encontrá-la no centro de uma roda de amigos, ou amigas, todos inclinados para ela, é claro, para pedir-lhe conselho e ajuda.

Muitas vezes elas buscam relacionamentos com homens mais fracos, que possam adorá-las e coloca-las num pedestal. De maneira geral ela gosta de chamar atenção, e se veste de maneira chamativa, atraindo as atenções com seu carisma e sua elegância. As mulheres deste signo não gostam de fazer o papel de vítimas ou de tolas e possuem um orgulho feroz. Ela merece toda a sua devoção pois é muito justo que ela a receba, e ela sabe disto. Não tente porém dominá-la... nunca!

Leão e o Amor

O Leonino típico adora o amor, adora estar apaixonado e gosta dos amores espetaculares, arrojados e dramáticos. Ele é romântico e generoso e adora dar presentes à pessoa amada. E sabe escolhê-los muito bem, para impressioná-la e conquistá-la. E também para merecer sua eterna gratidão. Quando o Leão se apaixona, ele se apaixona pelo amor, pelo ato de estar apaixonado, e segue à risca todas as regras deste amor. Como numa peça teatral, como num palco, sempre estará surpreendendo o ser amado. O Leão tem um coração ingênuo e confiante e nunca aceitará uma traição. Trair sua confiança é algo horroroso para ele e nunca será perdoado!

Em troca, você terá lealdade e proteção, como os cavaleiros faziam com suas amadas. Ele, o cavalheiro, será capaz de grandes gestos, e corajosamente viverá seu amor até o fim ou se retirará, magoado e frustrado, se as atenções do ser amado não recaírem inteiramente sobre ele.

O que o Leão quer é o amor total, mitológico, heróico, portanto não espere um relacionamento calmo e tranqüilo.

Signos Relacionados

A Triplicidade do Fogo: Áries, Leão e Sagitário

Naturalmente os outros signos de fogo se entendem bem com o Leonino, porém o relacionamento terá tendência a fazer "fogo de palha" e a se esgotar rapidamente em cinzas. Seu relacionamento com Áries será mais difícil pois este não o adorará como ele espera. Com Sagitário poderá durar um pouco mais, enquanto se lançarem em aventuras mitológicas juntos. Mas como ficará o seu dia a dia?

A Triplicidade da Terra: Touro, Virgem, Capricórnio

Com os signos de Terra o relacionamento poderá ser mais duradouro, contanto que estes resolvam os detalhes da vida diária sem aborrecê-lo com minúcias. Cada um deverá desempenhar o seu papel, o Leão mandará, e o signo de Terra será mandado e executará as ordens. Se isto acontecer, a relação poderá durar, se não.... Bem mas isto depende do empenho de cada um, não é?

A Triplicidade de Água: Câncer, Escorpião e Peixes

Com estes signos muito emotivos e cheios de facetas sentimentais o Leão poderá se perder. No entanto, estes signos, sendo mais adaptáveis e maleáveis, conseguirão compreender a natureza fogosa leonina e poderão jogar "um pouco de água na fogueira", de forma a não deixar que o fogo devore rapidamente o relacionamento. Se eles conseguirem compreender o lado frágil do ego leonino, o relacionamento será profícuo.

A Triplicidade do Ar: Gêmeos, Libra e Aquário

O Ar alimenta o Fogo, portanto o relacionamento poderá ser mais duradouro. O Geminiano terá a agilidade mental para se adaptar a qualquer circunstância e Libra dividirá com Leão o papel na sociedade, com o refinamento adequado para deixar todo o brilho para o seu parceiro. Com o signo de Aquário, (polaridade de Leão) poderá manter um relacionamento durável, contanto que um admire o outro e o respeite, deixando-lhe a melhor parte. Parece difícil? Bem, vale a pena tentar pois será um relacionamento enriquecedor, sem dúvida.

Aspectos sentimentais do signo Virgem

Aspectos sentimentais do signo Virgem

:: Graziella Marraccini ::
O signo de Virgem é um signo de Terra, negativo, estéril, humano e governado por Mercúrio. Veja também os Signos Astrológicos.

Mercúrio rege o intelecto concreto, o raciocínio. Porém os astrólogos acham que encontraremos outro pequeno planeta (Vulcano?) que se adaptará melhor ao signo de Virgem que divide seu regente com o signo de Gêmeos. Não devemos olhar este signo como sendo somente o signo da ordem e do trabalho. A palavra discernimento é também muito adaptada a este signo, seja nas escolhas dos amigos, de roupas, de namorados etc. A outra característica importante é o realismo. O elemento terra é o elemento que aceita a realidade terrena como ela é; é verdade que o virginiano a analisa, a esmiuça, mas ele não tenta mudá-la. Não é um idealista, como o pisciano, que imagina um mundo ideal, escondendo a realidade. Os virginianos têm tendência a discriminar, colocando os pingos nos iis, apontando para as minúcias e para os detalhes. Mas simplesmente por serem realistas. Depois da análise, eles fazem uma síntese e entregam o resultado. Nu e cru.

Sendo um signo de Terra o signo de Virgem gosta de segurança e não gosta de nada que envolva risco, daí a sua fama de se manterem no emprego, como eternas secretárias, contadores, etc., de forma restritiva e as vezes, medíocre.

Uma das qualidades do Virginiano é a sua vontade de saber. Por isto eles terão sempre muitos livros onde poderão buscar o saber e se informar nos mínimos detalhes. No seu lado mais extremo, eles têm mania de ordem, colocam etiquetas nas gavetas, arrumam os armários. E eles fazem a mesma coisas com seus sentimentos também. Gostam de mantê-los guardados em gavetas arrumadinhas e com etiquetas. Detestam o caos sentimental que está presente no seu íntimo, em seu lado sombra. Um dos mitos ligados a este signo é a da Deusa Mãe, da Grande Mãe, da terra fecunda e doadora de vida. No entanto, em seu lado extremo, pelo fato desta grande deusa ser dona de si mesma e nunca se entregar totalmente ao outro, acaba se tornando Mãe virgens, isto é estéreis em sua natureza mais profunda. Os virginianos sendo uma síntese dos signos pessoais que os precedem no zodiáco, preferem ordenar o caos analisando-o (dão excelentes psicólogos), arrumando a casa (o seu lado trabalhador), e cuidando da saúde (dietetistas, médicos etc.).

O Homem de Virgem

Como se adapta esta figura de Grande Mãe ao Homem de Virgem? Quando um homem de Virgem se apaixona, ele pode ser um companheiro adorável ou um insuportável crítico. Ele tentará sempre explicar todos os sentimentos através da razão, os seus e os dele. Será perspicaz e objetivo em sua análise e poderá mostrar uma frieza e um autocontrole que ele na realidade não possui. É muito difícil para ele se adaptar à figura do machão (tão comum em nossa sociedade), e por isso se mostra frio e distante. Não lhe fará nenhuma demonstração de carinho, especialmente em público, já que desta forma ele estaria expondo suas emoções e sentimentos. Se dedicará a você 'depois do trabalho', dando-lhe a impressão que você está sempre em segundo plano. Ele tampouco é do tipo que vai lhe aprontar alguma surpresa! De jeito nenhum. Tudo estará devidamente planejado nos mínimos detalhes, por isto se você estiver atrás de emoções fortes fique longe dele. Ele terá facilidade de ouvi-la expor suas razões, seus argumentos, mas não tente mostrar-lhe seus sentimentos, ele não a ouvirá. Ele não é o tipo que se desmancha em lágrimas por uma cena sentimental, e nem tolera explosões de raivas ou ciúme.

Muitas vezes os homens de Virgem ficam solteiros, ou fazem casamentos 'de razão'.
Eles não são movidos a fogo (impulso) e a água (sentimento). Eles são de Terra, lembra-se? Portanto eles têm relacionamentos mais frios e distantes, mas seguros e confiáveis. Aprecie sua habilidade manual, sua inteligência e perspicácia e você terá um excelente companheiro.

A Mulher de Virgem

Não pense na mulher de Virgem como a Amélia dedicada ao lar e aos filhos, mantendo o chão encerado e os armários em ordem. Esta não é a verdadeira essência deste signo. A mulher de Virgem mantém a si própria livre, dentro da relação, através de seu intelecto. Ela tem opinião própria, pesquisa e lê para 'saber', e em seus relacionamentos ela estará sempre pronta a analisar e a falar sobre tudo, suas ações, sua casa, seus filhos... menos sobre seus próprios sentimentos. Normalmente, no seu impulso a se tornar útil, a mulher de Virgem se dedica a uma carreira, e é uma excelente psicóloga, médica, enfermeira, nutricionista, pedagoga, professora e analista. Desta forma ela não terá o casamento como prioridade e poderá casar mais tarde, ou não casar, ou mesmo fazer um casamento de razão.

As vezes a mulher do signo de Virgem é realmente estéril (especialmente se tiver a Lua em Virgem ou em mau aspecto com Saturno), e as suas crianças serão os seus alunos. Eu tenho por mim que o signo de Virgem é estéril porque o nascimento é 'sujo'. Mas esta é uma opinião pessoal. De fato seja o ato sexual que o nascimento, se acontece de uma forma onde a pessoa fica exposta, onde as emoções e os sentimentos ficam expostos, e não podem ser explicados racionalmente. A psique da Virginiana, apesar de ser ligada ao Mito da Grande Mãe, está representada pela Deusa Artemis, virgem, autosuficiente. O trigo que ela traz em seu colo, é usado para alimentar o mundo. Ela não precisou do sêmen. Seu negócio não é 'dar o seio' como acontece com a Mãe Câncer. Seu negócio não é 'gerar filhos' mas 'gerar idéias'. Uma das suas qualidades é a discrição e a reserva. Ela irá preservar sempre um pouco de si e não se entregará inteiramente numa relação sentimental. Porém ela é realista e, se ela assim tiver decidido, o amará como você for. O mais importante é fazê-la sentir que ela é necessária em sua vida.

Virgem e o Amor

Se nós pensarmos no virginiano como ele é usualmente descrito nos livros de astrologia, pensaremos nele como uma pessoa que tem um manual ao lado da cama onde irá buscar o conhecimento adequado para desempenhar bem sua função durante o ato sexual. Exagero? Nem tanto! Ele realmente precisa das instruções para se sentir bem. Mas o amor e os sentimentos não tem etiquetas explicativas, e muito menos os seres humanos vêm com elas amarradas no pescoço! E por isso os virginianos se perdem e muitas vezes têm dificuldades em seus relacionamentos. Na realidade, a mulher de virgem analisa seus próprios sentimentos, e os vê como sendo monstros incontroláveis, e tenta mantê-los sob controle, dissimulando a afetividade e mantendo-se fria e controlada. Mesmo quando ela quer transar todos os dias, não o dirá, mantendo a relação controlada, um dia sim e um dia não, porque é mais saudável. O virginiano não é frio, ele simplesmente leva muito tempo para esquentar. A paixão não faz parte de seu vocabulário. EA mulher de Virgem não se entrega ao primeiro machão que a olha. E o homem de virgem não se entrega à primeira carinha bonita que o seduz. Ambos analisam longamente a situação, racionalizam, e tentam saber se você se identifica com as mesmas coisas do que eles. Emoção e sexualidade não são suficientes para prender o virginiano. Para eles precisa haver um encontro de mentes.

Signos Relacionados:

A Triplicidade da Terra: Touro, Virgem, Capricórnio

Como sempre acontece, os signos do mesmo elemento acabam se completando e, tendo identidades em comum, a relação será prática, realista, bem organizada, segura, e terá uma boa dose de sensualidade. Os signos de Terra se relacionam com os cinco sentidos. Em minha opinião esta relação acabará se tornando 'chata' com o tempo e lhe faltará um pouco de pimenta que o elemento Fogo poderia lhe proporcionar.

A Triplicidade do Fogo: Áries, Leão e Sagitário

As pessoas do signo de fogo se sentirão aprisionadas pelos pragmáticos Virginiano, de forma que, a relação poderá não durar muito. Isto porque os signos de Fogo precisam de agitação, de criação, de uma certa 'anormalidade', coisa que os virginianos detestam. Para eles a anormalidade é sinônimo de doença. Para os natos dos signos de Fogo, a normalidade é uma chateação.

A Triplicidade de Água: Câncer, Escorpião e Peixes

Eu acredito que os virginiano compreendem melhor os natos dos signos de Água, apesar da intensidade de sua emoções. Isto porque a Água e a Terra se misturam para fazer o barro, de onde nasce a vida. Portanto, se o virginiano conseguir analisar e ordenar a instabilidade dos signos de água, sem ser excessivamente crítico e sem magoar a sua sensibilidade, poderá ocorrer uma relação mais duradoura e criativa.

A Triplicidade do Ar: Gêmeos, Libra e Aquário

Aqui poderá haver o encontro de dois intelectos, já que o saber faz parte dos signos de Ar. No entanto o Virginiano é, apesar de regido por Mercúrio, um signo de Terra e os signos de ar são intelectuais de mais e 'voam' com suas idéias e com sua imaginação, esquecendo-se muitas vezes de jogar a âncora! O prático virginiano poderá então perder a paciência e então as discussões se tornarão intermináveis, pois para o intelectual do signo de Ar a discussão é importante em si e não precisa levar a nada prático.

Novamente - O Portal 11:11

O Portal 11:11

:: Vera Helena Tanze ::


Olá amigos,
Estou escrevendo, novamente, sobre o Portal 11:11, devido ao grande número de e-mails que recebo, perguntando sobre o assunto.
11:11 não é só um Portal Dimensional, mas uma poderosa energia que cada um sente de uma forma. Quantos de vocês deram pausas repentinas no que estavam fazendo e olharam para o relógio, constatando ser 11:11 Hs.
Esse Portal é um canal direto com nosso Eu Superior, pelo qual podemos evoluir. Esse Portal - em suma - marca o fim da dualidade e a abertura para a Unidade, que é nossa Essência Divina.

Antes desse Portal de abertura, existiu outro, quando da existência das grandes civilizações em Shambala, no Deserto de Gobi e An, próximo ao Lago Titicaca.
Essas civilizações desapareceram do plano físico, mas muitos dos seus seres mais elevados se tornaram Mestres Ascensos, enquanto outros optaram por continuar no ciclo reencarnatório e esperar o próximo Portal de abertura dimensional, com o intuito de auxiliar na evolução planetária.

O 11:11 é o primeiro Portal na Nova Oitava, para o retorno ao lar.
Estamos sendo auxiliados por várias hierarquias cósmicas, como a Ordem de Melquizedec, as Legiões do Arcanjo Miguel, as famílias de El, An, Ra, Anjos Solares do Grande Sol Central.
Por outro lado, a batalha da dualidade está acentuada, como num grande e apertado funil, onde tudo acaba se misturando.
Por isso é necessário que ancoremos firmemente nosso modelo de Unidade, único passaporte de volta para casa. Novamente haverá os que optarão por permanecer até o próximo portal para auxiliar a construir a Nova Terra, outros não passarão mesmo, e os demais poderão retornar aos seus lares.
Por longo tempo, carregamos em nosso banco de memória que fica armazenado no DNA, lembranças seladas de nossa origem e história. Agora o véu está caindo, e as lembranças tendem a aflorar.

Isto gera um certo desconforto - como tudo que é novo produz - com conseqüências físicas, como irritação, depressão, tristeza, tontura.
Nossa 1ª tarefa, de despertar, é de assumirmos como seres multidimensionais que somos, para que possamos fundir a 4ª e 5ª freqüências dimensionais na bem conhecida 3ª dimensão.
Embora este portal tenha começado a se abrir em 11/90, a data oficial é 11/01/1992. É uma viagem ao desconhecido que nos levará mais próximo de nosso lar. É uma escola nunca antes experimentada.

Este símbolo 11:11 está codificado em nossos registros, muito antes de encarnarmos pela primeira vez, e ele foi como que escrito nas fibras de nosso DNA pelos Conselhos Estelares.
Agora é o momento de disparar o código, permitindo que os selos sejam descobertos.
Percebem que cada vez que olham para o relógio e virem o 11:11, é um chamado do Universo? Ou ainda acreditam em acaso?
Muitos tentam em vão saber qual sua missão, fazendo meditações, buscando centros espíritas, etc... mas as Ordens permanecem ocultas... Por que?
Simples, as Ordens Secretas contém os esquemas da Divina Missão individual, que somente podem ser revelados àqueles que estejam ancorados firmemente no modelo da Unidade. Para isto, é imprescindível que unam os fragmentos de seu Eu.
Essas Missões Divinas não são para serem abertas por um fragmento do Eu de 3ª dimensão. Se você se enquadra neste caso, só há uma coisa a fazer: esqueça de suas Ordens Secretas por enquanto e se concentre no seu Eu Superior. Automaticamente, irá se conectando e só quando incorporar totalmente sua presença Eu Sou no seu corpo físico, ser-lhe-á revelada sua Missão. Isto também se deve à autopreservação, pois se tivéssemos consciência sem o preparo exigido entraríamos em pânico.

Para se conectar realmente com o Eu Superior é tão simples que muitos até duvidarão... Basta seguir com suas vidas, fazendo o melhor que puderem por vocês e pelos outros. Use a ética em todos os setores de sua vida, que com certeza, os selos irão se abrindo. Não pense mais sobre sua Missão, apenas faça sua parte nas mínimas coisas, afinal, o segredo está na simplicidade das coisas...
Vejam um botão de rosa que se abre numa linda flor... Quem poderia imitar tal feito? Ninguém. Entretanto ele é aparentemente tão banal e corriqueiro.

Todos nós viemos das estrelas, mas estamos divididos em três grupos: Os despertos; os que estão em processo de despertar e os que optaram por não se lembrar.
Os despertos se reconhecem entre si, com profundo respeito e apoio bilateral, pois os egos foram transcendidos. Simplesmente se reúnem na Unidade para fazerem sua parte a serviço do Todo. Além disto, este grupo tem a incumbência de despertar o segundo grupo, dos que estão em processo de despertar. Daí a emergência dos canais estarem trabalhando mais rápido, pois falta pouco tempo. O terceiro grupo, dos que optaram por não se lembrar, são excelentes como são. Devemos respeitar o momento de cada ser e suas escolhas.

Entre 16 e 17/8/1987, houve a Convergência Harmônica que ancorou a 4ª dimensão. Muitos seres vieram nesta época para auxiliar e possibilitar esta ancoragem (vide artigo crianças especiais..). Em 11/7/1991 houve a grande Eclipse Solar que iluminou os canais para a abertura da entrada efetiva do Portal 11:11, em 11/1/1992. Em 11/11/91, houve a ativação planetária pela Ordem de Melquizedec, que abriu a porta para a antiga sabedoria. Com o Portal, foi dado um salto quântico que vem sendo reforçado na Terra.
Quando alcançamos um Merkabá (Nave Consciência - vide artigo...) de um grupo que atravessou o Portal 11:11, chegamos até a 7ªoitava. É o destino para a grande maioria. Aí, então, a Terra descansará já transformada. É aqui que se constrói o Novo, a Nova Terra, cujos habitantes viverão em Unidade. Então, o Portal 11:11 se transformará em 22. Neste ponto optamos se queremos ir mais além, para a 11ª oitava, onde o 22 se transformará em 44.
A 11ªoitava é a plataforma de lançamento para o Além do Além. Entretanto o mais importante é saber que os seres da 7ª oitava ou da 11ª e os do mais além, residem dentro de um modelo de Unidade, podendo ter contato entre si.

Os que estão experimentando a energia do 11:11, estão sentindo profundas modificações em seu interior e em suas percepções. O que era imaginação e instinto, hoje é fato, é ponto de partida para ações.
Em outros artigos, quando falei nas mudanças de DNA, a mais importante é a Unidade, que estará sendo reconectada com seu Eu Superior, permitindo uma maior sutilização do ser.
Para aqueles que optarem por permanecer na dualidade, e que são maioria, afirmo que todos serão beneficiados, pelo Portal 11:11, porque, como SOMOS TODOS UM, mesmo que uma porção de nós opte por ir para além da dualidade, os que ficarem aproveitarão, pois os que se moverem para cima, deixarão responsabilidade para os que ficarem, que necessariamente deverão caminhar para frente, causando um realinhamento maciço da dualidade.

Os que forem não estarão abandonando aos que ficarem, pois nunca nos separaremos de parte de nós mesmos. Fomos chamados a seguir, da mesma forma que fomos chamados a ser voluntários, há muito tempo. Não estamos nos separando, pois o que é invisível se tornará visível para todos.

Chegará um novo Portal e vocês irão dando lugar aos que ficarem e assim sucessivamente, até que retornemos à Fonte.
Houve tempos em que não sobrevivemos ao teste final e o nosso planeta foi aniquilado. Agora é novo teste. Olhem para dentro de si e busquem em suas células sua Essência Unificada e vivam, a cada momento, o infinito de que...
SOMOS TODOS UM 

sábado, 8 de outubro de 2011

Não posso fazer mais nada por ela nesse momento..

Tinha um garota, a um certo tempo (passado), que na época era tão linda que chamava a atenção de todos os rapazes dos lugares onde passava.
Em sua casa, junto aos seus irmãos e irmãs, era a escolhida pela mãe para ser "cobaia" das suas experiencias nada convencionais para a época.
A mãe era uma praticante de ritos negros, prejudicava qualquer pessoa por dinheiro... Usava técnica diferente, desconhecida por muitos até os dias atuais, porem sempre obteve os resultados que almejava, flagelava a pobre moça para obter ferimentos três a sete vezes maiores em outras pessoas... podendo levalas até a Obito...
muito tempo se passou e a senho (mãe da moça) morreu...
deixou seus filhos crescidos, sem pai...
e um livro onde ensinava tudo o que ela fazia para a filha que fora flagelada pela mesma...
essa moça por ter crescido nesses habitos já não via mal em se flagelar para conseguir o que queria, (fora tomada pelo mal.) O mal que habita em todos os Homens e mulheres viventes...
mesmo com muitos ferimentos e pensamentos que poderiam vir a te matar continuou a sua vida cuidando dos seus irmãos, conheceu alguns homens ao longo de sua vida e teve duas filhas de pais desconhecidos.
um dia ela, em viagem conheceu um homem que não se encantou com ela que nesse momento já era uma bela MULHER, ela por sua vez queria ele custe o que iria custar... não se importou qual seria o preço e "trabalhou" em prol do que queria... conheceu a familia do jovem rapaz, e seduziu a todos.
fez "trabalhos" e conseguiu levar o rapaz para a cama...
engravidou novamente e, obrigou o rapaz a casar-se com ela.
vieram mais dois filhos e vida continuou.
A mãe do rapaz que muito conhecida era naquela Época, especulou qual era a Origem daquela mulher que aparecera do nada e conquistou todo mundo....
descobriu tambem que sua familia havia sido "enfeitiçada" por aquela moça, mas ja era tarde pois o rapaz acabara de sair de casa para morar em outro lugar com a mulher e os filhos.
Algum tempo se passa e essa mulher perdidamente apaixonada começa a perder o interesse pelo rapaz e resolve mata-lo, usando de artifícios maléficos, O carro que era dirigido pelo mesmo capota, porem nada acontece com ele...
percebendo que já vinha acontecendo algo de estranho em sua casa, dia após dia... ele resolve voltar para a casa de seus pais, onde a mãe dele explica tudo o que ele havia sido submetido sem saber. Ela por sua vez já não sabia mais o que queria, e ele ainda estava sobre sua influencia, então de seu jeito, ela consegue vir morar junto ao seu marido novamente, agora, dentro da casa da sogra... enfim...
muito tempo se passa e ela não percebe que vem se matando aos poucos para conseguir coisas do seu dia a dia... então num lapso de sobriedade liberta o marido dos seus encantos, o pobre Homem que já vinha padecendo em suas mãos, para não criar tormentas resolve sair de casa e deixar ela morando lah, a sua mae não era mais viva e a mulher nunca havia tentado nada a mais com os seus irmãos...
Consegue outra mulher e vive em outra cidade com novos filhos.
(voltando)
A mulher que possuia habilidades especiais, já tinha uma certa idade, e muitos flagelos, gracas a outro de seus trabalhos "milagrosos" adquiriu diabetes, e diversos problemas respiratorios, por conta do cigarro, vicios que carregava desde a sua infancia.
criou os seus filhos, continuou doente por não saber qual a Origem piorou até os dias atuais e hoje, as 00:25 minutos veio a Óbito a minha tia... Sei que ela não era uma má pessoa, apenas continuou o trabalho que sua mãe herdou da sua avó e por aew vai.
sei que ela pode estar melhor agora, não posso dar certeza, mas espero em Deus que ela permaneça em paz.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

CLARA NUNES-TRIBUTO AOS ORIXÁS AO VIVO

O PREÇO DA INGENUIDADE


O PREÇO DA INGENUIDADE
Um dia, o cágado tinha saído para passear. Sorrateiro, lá se ia ele, vagaroso, pois tinha todo o tempo do mundo para gastar naquele passeio. De repente, ao atravessar uma estrada em busca de comer qualquer coisa, ele descobriu uma trilha de formigas. Como estava mesmo sem fazer nada, resolveu fazer uma perversidade com elas. Passou por cima da trilha e esmagou um bocado de formigas que estavam carregando comida.

Confiante na sua superioridade, seguiu em frente, conversando sozinho:

− Afinal, quem vai se incomodar com algumas centenas de formigas esmagadas?
E lá se foi ele. Apressou o passo para sair daquele lugar, mas pisou em falso, caiu de barriga pra cima e ficou se esperneando, sem poder se desvirar. Caro lhe custou sair daquela posição. Depois de muito esforço, se desemborcou. Passou um tempo retomando o fôlego e seguiu adiante.

Já perfeitamente recuperado, o cágado ouviu uns gritos e quis saber do que se tratava. E quando chegou ao lugar de onde vinha o alarido, o cágado viu: era a onça segurando firme o macaco pelo rabo. O prisioneiro se esperneava, rodava, guinchava e nada da onça soltar o rabo dele.

O cágado tem lá suas qualidades, todos os bichos sabem disso.  E ele quis saber do que se tratava. Afinal, aquele escarcéu estava tirando o sossego de todo mundo. O macaco, muito aflito, resolveu contar, enquanto a onça também se sentou, aguardando. A onça tinha caído numa armadilha e ficou presa três dias, com fome, pedindo socorro. O macaco ouviu o alarido, procurou e descobriu a onça no fojo. Todo prestativo, resolveu ajudar da maneira que sabia. Providenciou um cipó, mas o cipó era curto e não chegava até o fundo da armadilha.

Mas ele não ia desistir tão fácil assim. Logo ele, tão gabado por todo mundo, pela sua esperteza e sagacidade... Dependurou-se no cipó, estirou o rabo e mandou que a onça escalasse a parede do fojo, agarrada ao rabo dele. Assim a onça fez e conseguiu sair da armadilha. Agora ela não queria soltar o rabo dele.

O cágado, então, disse ao macaco que seu depoimento era maravilhoso. E que agora ele batesse palmas e limpasse as mãos no chão, pois era assim que se devia proceder no final de um depoimento. Assim o macaco fez. A onça assistiu a tudo, muda, na certeza de que, agora, ia ter duas refeições... Pois bem, o cágado disse para a onça que também queria ouvir o depoimento dela. A onça disse que não ia mais largar o rabo do macaco, porque ela estava com fome há três dias e macaco era uma boa caça. Mesmo, não havia razão alguma para ela soltar o rabo do macaco.

O cágado elogiou o depoimento da onça e disse que ela procedesse do mesmo modo que o macaco fez: batesse palmas e limpasse as mãos no chão. A onça fez o que o cágado mandou. Aí, o macaco aproveitou o vacilo da onça, escapuliu e sumiu na copa das árvores. A onça, irada, deu um bote certeiro, pulou em cima do cágado, estraçalhou sua carapaça e devorou o bicho num instante.

Pois é... A gente não paga apenas o mal que pratica. Também paga muito caro, as besteiras que comete.

O OVO ANUNCIADO


O OVO ANUNCIADO
A galinha estava assanhada. Queria descobrir um meio de valorizar seu produto. Sem saber o que fazer, mal chegava a madrugada e ela descia do poleiro, agoniada, nervosa, ciscando tudo que encontrava. Uma comadre já bem idosa, vendo aquele eterno entra-e-sai da galinha, deu um conselho:

− Olhe, por que a senhora não vai fazer uma consulta? Senhora, se cuide... Em vez de ficar nessa agonia, vá a quem pode lhe ajudar a encontrar as respostas...

A galinha, então, depois de muito pensar, venceu a indecisão e foi fazer a consulta. E lhe foi aconselhado botar a boca no mundo. E assim ela fez: ao botar um ovo, cacarejava a não mais poder. Todo mundo ficava sabendo, de imediato, quando a galinha desovava e queria obter o que ela produzia. Enquanto isso, a pata, quieta em seu canto, a tudo espiava, calada. E resolveu também fazer uma consulta, mas nunca se soube o que lhe foi revelado. Sabe como é: esse povo, assim, calado, quieto no canto, jamais deixa que se saiba o que está realmente acontecendo. Mas deixemos isso pra lá.

Acontece, porém, que surgiu um mal de asma nas crianças da aldeia. As mães, aflitas, gastavam ovos e mais ovos de galinha para curar os filhos, mas a doença não cedia. Uma das moradoras, já em desespero com o sofrimento do seu filho, resolveu, então, experimentar um ovo de pata como remédio. Usou, de início, apenas um ovo, até mesmo por medo de que aquilo, realmente, não servisse pra nada. Sabe como é: esse negócio, assim, não anunciado, ninguém conhece direito... Aquela mãe bateu um ovo de pata com mel de abelhas e sumo de mastruz. Mas não é que a asma cedeu?! A mãe bem sucedida contou a outra mãe que contou a outra mãe e, assim, foi um gastar de ovo de pata como nunca se viu antes.

As crianças ficaram curadas. As mães, no entanto, ficaram muito intrigadas com aquilo. Por que a pata nunca tinha dito isso a ninguém?  Seria por pura ruindade? Por trás daquele silêncio tinha de haver uma explicação... A vizinha do pé da ladeira, a mais bisbilhoteira de todas, tomou a iniciativa e foi à casa da pata, assim, como quem não quer nada e querendo. Chegou lá, conversou, conversou e conversou. E na volta, todo mundo ficou sabendo do que a pata tinha dito: O que é bom nem sempre é anunciado

O FOFOQUEIRO


O FOFOQUEIRO
Ninguém mais sabia o que fazer: havia uma fuxicada terrível, pois tudo o que se falava no palácio se espalhava pela cidade. Oxalá, o mais-velho, irritado com a situação, ordenou que se apurasse tudo, tim-tim por tim-tim. Principalmente que se observasse os freqüentadores mais assíduos, aqueles que tinham trânsito livre. Ninguém deveria deixar de ser observado. De repente, ficou bem visto que os mais assíduos freqüentadores eram dois: Carneiro e Martim-Pescador. Mas havia uma tremenda diferença entre eles, pois enquanto Carneiro era calado, reservado, manso, sempre de vistas baixas, Martim-Pescador era o cão por dentro do mato. Se metia nas conversas, vivia de entra-e-sai, dando notícia de tudo. Parecia uma tempestade.
Então foram dizer a Oxalá que já sabiam quem era o falador. Quando anunciaram que era Martim-Pescador, Iansã, a Mãe dos Ventos, agitada que só ela, tomou a palavra e pediu tempo para provar a inocência de seu protegido. Oxalá deu o tempo e Iansã saiu apressada como um raio. Daí, ela chamou Martim-Pescador e Carneiro e disse assim:

− Vai ter uma festa no palácio de Oxalá...

Interrompeu o que estava dizendo, pôs as mãos na cintura e percorreu os dois de alto a baixo, com olhares de autoridade, reprovação e cobrança. Depois, continuou:

 − Oxalá vai premiar a quem aparecer com a melhor fantasia vermelha. Mas isso é segredo. Ninguém deve saber disso. Finjam que não sabem de nada e bico calado. Olhem lá, viu!  Principalmente o senhor, Seu Martim-Pescador, com sua língua de trapo....

Pois bem. No dia da festa, foi chegando bicho, foi chegando gente, foi chegando encantado e o salão ficou repleto. E aí todo mundo viu: somente Carneiro e seus parentes estavam fantasiados de vermelho. Oxalá tem ojeriza a cores fortes e já estava sabendo de tudo, porque Iansã tinha contado a ele. Mandou expulsar Carneiro e sua gente daquela festa. E todo mundo ficou sabendo: era o manso e silencioso Carneiro o fofoqueiro do palácio. Apenas Martim-Pescador ficou morrendo de pena do Carneiro.

Mas é isso: Ninguém julgue o bom por bom, nem o mau por mau.

O ENGANO DO AMENDOIM


O ENGANO DO AMENDOIM
Contavam os mais velhos que o pé de amendoim não andava nada satisfeito com a vida. Aquele negócio de ele botar semente apenas na raiz, sem ninguém poder ver o quanto ele era farto, deixava ele nervoso, aborrecido, contrariado. E ainda tinha mais uma coisa: sua ramagem era pequena, quase nem era notada. Logo ele, cujas sementes serviam para preparar um delicioso prato para Oxóssi, o Grande Caçador... E os homens mais idosos, ou os sem tenência, então... Esses eram os mais beneficiados, quando comiam suas sementes. Com tanta energia para oferecer aos humanos e estava ele ali, com uma ramagem sem expressão e as sementes escondidas debaixo da terra. E quando os humanos faziam a colheita, metiam a mão nas suas intimidades, arrancavam suas vagens e simplesmente deixavam suas ramas para secar em cima da terra. Ah, era demais!

Seu vizinho, o pé de feijão, lhe aconselhou fazer uma consulta. Assim fez o pé de amendoim. Disseram a ele que bem seria melhor se ele prestasse atenção nas suas raízes. Era próprio dele o axé correr todo para baixo. Era assim que sua raiz podia sustentar tudo e produzir sementes. Mas em todo caso, logo que ele queria inverter as coisas, ajuntasse as ramas secas da última safra e se alimentasse com elas. E quando chegasse o tempo de enramar, fosse botando brotos, brotos e mais brotos e aguardasse o resultado.

E assim fez o pé de amendoim. Então, aconteceu a maravilha: ele botou tanta rama, mas tanta rama, que invadiu os quintais, os outros pés de planta, as cercas, os telhados, tudo. E o povo ficou admirado com aquilo. O pé de amendoim se transformou na mais feliz das plantas. Nem cabia em si de tanta alegria: era motivo para olhares, elogios e até mesmo invejas e ciumadas.

Pois bem. Chegou o tão esperado tempo da colheita. Acontece que a Natureza não lhe concedeu a capacidade de botar sementes na rama. E aí foi aquele desconforto. Não acharam nenhuma semente nem nas suas ramas, nem na sua raiz. E que fez o povo? Passou a não dar a menor atenção ao pé de amendoim. Ao contrário, ele foi considerado um incômodo. Aquelas ramas, sem serventia para nada, deviam ser cortadas e queimadas. Afinal, havia plantas produtivas precisando de espaço.
            Nem é preciso dizer: o pé de amendoim entrou em outra crise, pior do que a primeira. Noites sem dormir, dias sem comer, queixas aos vizinhos, todo jururu, numa lamentação que fazia dó. E lá se foi ele fazer nova consulta. Quando voltou de lá, tinha uma nova decisão: ia deixar esse negócio de ramas para lá e dar toda atenção às suas raízes. De que adiantava tanta rama bonita se a serventia dele estava na raiz? Afinal, a aparência, mesmo bonita, não substitui a essência. 

O CHAPÉU DE DUAS CORES


Contavam os mais-velhos que, na Aldeia de Ajalá, havia dois irmãos muito unidos. Eles jamais tinham brigado entre si. Nunca tinham se aborrecido um com o outro. A fama daquela amizade corria as aldeias e todo mundo comentava, fazendo disso admiração geral.

Um dia, Exu andava por aquele lugar e ouviu comentários sobre o fato. Então, ele resolveu fazer um teste sobre a fortaleza daquela amizade. Descobriu os dois irmãos trabalhando num campo, que era dividido ao meio por uma estrada estreita. E eles trabalhavam cantando, cortando o mato com facões bem amolados, conversando sobre diversos assuntos. Aí, Exu pôs na cabeça um chapéu pintado de vermelho e preto, sendo que de cada lado só se via uma única cor.

Então Exu passou pela estrada, entre os dois irmãos e os saudou, dizendo:

— Bom dia, irmãos unidos!

E os irmãos responderam a Exu em uma só voz. Mas Exu passou por entre eles, sempre olhando para frente e seguiu adiante, até desaparecer na curva da estrada. Aí, um dos irmãos perguntou ao outro:

— Quem era aquele homem de chapéu vermelho?

Ao que o outro respondeu:

— Mentira sua! O homem usava um chapéu preto...

O irmão que viu o homem de chapéu vermelho se sentiu ofendido e, pela primeira vez, mostrando-se aborrecido, devolveu a ofensa. E o que tinha visto o homem de chapéu preto ficou aborrecido também. Daí, eles começaram a discutir, num desentendimento sem igual. A raiva cresceu tanto, que eles terminaram se agredindo com palavras. As ofensas trocadas se agravaram e eles terminaram avançando um sobre o outro, armados de facão. Brigaram tanto que se mataram. E porque eles não tinham herdeiros, o campo ficou entregue às feras e às ervas daninhas.

É por isso que, até hoje, nas aldeias, os mais-velhos ainda avisam:

— Se lembre do chapéu de duas cores: Nem tudo é aquilo que parece ser...

A RESPOSTA DO CORAÇÃO


A RESPOSTA DO CORAÇÃO
Kirina estava bem do seu, arrumando os acaçás no tabuleiro, quando um barulho de passos apressados lhe chamou a atenção. E seu cabelo ficou arrepiado com o que estava vendo: um batalhão caminhava em sua direção. Essas coisas, soldado, exército, farda, sempre mexiam com sua natureza. O pensamento deu mil voltas e ela ficou assim, meio atoleimada, sem atinar na razão da presença de tantos soldados.

Diante do tabuleiro, por ordem do comandante, os soldados pararam. Eta pedaço de homem, Kirina viu. Alto, de bom corpo, olhos de gato, voz de touro. Kirina sentiu outro arrepio mais forte ainda e parecia que o chão tremia debaixo de seus pés.

— Bom dia, Dona!

— Bom dia Ioiô! Em que posso lhe servir?

— Meu batalhão está morrendo de fome. Estamos em diligência de guerra e há dois dias a gente não come nada. A Dona pode dar alguma coisa a gente para comer?

Kirina sentiu um baque no coração. A semana não tinha sido lá essas coisas, a vendagem foi pouca. Ela estava justamente contando com alguns trocados que entrassem hoje. E agora estava ali aquele comandante a lhe pedir seus quitutes de graça.... E lá se foi o pensamento de Kirina fazendo voltas. Viu os filhos que ficaram em casa, esperando as providências, a mãe paralítica que dependia dela... Mas seu coração bradou lá dentro, repleto de sentimento, mandando compartir. Quando conseguiu abrir a boca, Kirina não fez por menos:

—Olhe, Ioiô... Aranha vive do que tece, mas é Deus e Ogum que deixam a aranha tecer. Mesmo, hoje por ti, amanhã por mim... O que Deus dá é pra todo mundo e Ogum não vai me faltar no dia de amanhã. Pode mandar os outros moços se servir...

O comandante deu a ordem e ficou parado, ao lado de Kirina, enquanto os soldados comiam. Num instante, o tabuleiro ficou vazio. Kirina ainda ofereceu água, que ela sempre trazia num barril. Quando tudo acabou, os soldados se afastaram e o comandante, todo faceiro e sorridente, disse:

— Bom... Dinheiro, eu não trago. Mas tenho aqui umas coisas ajuntadas na guerra. Chamou um dos soldados e deu uma ordem. O ordenança, então, trouxe um enorme saco de couro e entregou ao comandante. O oficial entregou o saco a Kirina e disse:

— Abra. É seu...

Meio desconfiada, Kirina obedeceu. E quando abriu o saco, quase dá um ataque. O surrão estava apinhado de coisas de valor, moedas, coroas, ferramentas, um tesouro, enfim. E ela ficou um tempo enorme, entretida, examinando as coisas que estavam dentro do surrão. Quando levantou as vistas, o batalhão não estava mais ali. Aí, Kirina caiu em si: aquilo era coisa de Ogum, só podia ter sido ele... De longe, o comandante apreciava Kirina sorrindo e, virando-se para seus soldados, afirmou: Não se vence batalha apenas com espada na mão. Também se vence com as armas do coração.

A MUDANÇA E O CORAÇÃO


A MUDANÇA E O CORAÇÃO
Havia uma aldeia em que até os jovens viviam desiludidos, porque ali não acontecia nada de novo. As pessoas conservavam os mesmos hábitos desde muitas gerações. A pasmaceira terminou tomando conta de tudo e de todo mundo. Então, o chefe da aldeia resolveu fazer uma reunião com os seus conselheiros. Depois de muito discutirem, e sem chegar a uma solução prática, todo o conselho decidiu que o melhor era consultar Xangô.

Na consulta, Xangô aconselhou, sem muita conversa:

− Façam uma grande mudança em tudo.

Aí, o Conselho dos Mais-Velhos designou um grupo de homens e mulheres para realizar as mudanças necessárias. O povo foi convocado para participar ativamente. Queimaram as palhoças e fizeram outras novas. Mudaram os roçados de lugar. Até mesmo passaram a apanhar água de beber em outra fonte. As mulheres teceram novas roupas, as crianças inventaram novos brinquedos e todo mundo ficou contente.

            Mas vai daí a algum tempo, eles foram notando que alegria estava se desfazendo. A rotina trouxe de volta o mesmo desânimo de antes. A fonte nova, as novas palhoças, as brincadeiras novas, nada adiantou. A tristeza tomou conta de todos. O chefe convocou o Conselho novamente. Outra vez, resolveram consultar Xangô.

Perante o orixá, tudo foi relatado miudamente e Xangô ouviu a conversa com atenção. E ainda se queixaram de que a solução apontada na primeira consulta não deu resultado. Então Xangô quis saber:

− Que mudanças vocês fizeram lá dentro?

Ficaram sem entender a pergunta e pediram uma explicação. Xangô explicou com a mesma severidade de costume:

− Ora! Dentro das pessoas, no modo de ver o mundo, a vida, um ao outro... Dentro de vocês mesmos...

Olharam um para o outro, cochicharam entre si. Terminaram por chegar à conclusão que, na verdade, cada um permanecia como era antes. Então Xangô disse:

— A verdadeira mudança tem que acontecer primeiro, no coração!

A LONJURA E A DEMORA


A LONJURA E A DEMORA
Contavam os mais-velho que, tempos depois da criação do mundo, Olorum andava querendo saber como os humanos entendiam o espaço no tempo e o tempo no espaço. Tinha que escolher um embaixador de tarimba: firme, decidido, paciente, profundamente observador e, principalmente, que soubesse aguardar sem dar um vacilo. Ninguém melhor do que Iroco, o Mestre do Tempo. Dito e feito: Olorum mandou e Iroco veio ao Iluaiê, para descobrir o que Olorum queria saber.

Iroco recebeu ordens de procurar uma aldeia muito antiga e conversar com Iroju, que era o morador mais velho do lugar. Procura daqui, procura dali, e ele terminou tendo informações sobre a aldeia, onde ele podia encontrar Iroju, o morador mais velho entre os mais-velhos da Terra. Depois de dias procurando, Iroco encontrou um homem que tinha uma boa informação. Iroco, chegou, bateu palmas e o homem veio atender. Terminou dizendo assim:

− Ah, moço, eu estou muito contente hoje. Um filho meu que está ausente há muito tempo vai chegar daqui a três dias. Logo, logo, ele vai estar aqui e o tempo é muito curto para eu tomar as providências que quero.
O homem conversou muito e animou Iroco a prosseguir. Disse que a casa do velho ficava perto dali e indicou a direção.

Iroco agradeceu e se despediu. Andou muito, até que precisou procurar outro informante. Terminou encontrando outro homem, que pouco conversou. Apenas disse o seguinte:

− Ah, moço, eu estou muito preocupado com a ausência de um filho meu. Olhe, ele saiu tem uma hora e ainda não voltou. Eu não agüento mais essa demora. Tanto que eu queria saber em que lonjura ele está...

Iroco ficou por ali, olhando o mundo, esperando pacientemente, para colher mais alguma informação. Mas o homem continuava amuado e não adiantou puxar conversa.

Para se ver logo livre da visita, o homem informou:

− Dizem que a casa do velho que o senhor procura fica para as bandas de lá... Mas é muito longe. Mas muito longe mesmo...

E apontou na direção a ser seguida. Iroco se despediu agradecido e se pôs a caminho. Para sua surpresa, logo depois da primeira curva da estrada, avistou a casa do velho, embora tivesse recebido a informação que a casa ficava muito longe. Andou só um pouquinho e foi logo chegando aonde queria.

Mas antes de se aproximar da casa de Iroju, Iroco resolveu descansar um pouco para pensar. Sentou-se numa pedra, debaixo de um arvoredo e ficou pensando sobre tudo o que viu e ouviu, naquela tão longa e, ao mesmo tempo, tão curta viagem. E ele terminou concluindo que nem precisava mais conversar com Iroju, pois já sabia a resposta para ser dada a Olodumare: A lonjura e a demora têm o tamanho da preocupação.

A JACA MOLE


A JACA MOLE
Oxalá amanheceu com vontade de viajar. Olhe que isso é uma raridade acontecer. É tão raro, que os outros orixá atenderam, de imediato, ao chamado dele para participarem. Saíram de madrugadinha. Oxalá é assim: só começa as coisas antes do raiar do dia. E lá se foram, em fila indiana. Todo mundo andando sem pressa, pois Oxalá é lento, vagaroso e só anda em último lugar.

Iansã, acostumada com a agonia de sua tempestade, foi ficando impaciente. Olhava para um canto, olhava para outro, mirava o horizonte sem fim bem lá longe. E foi ficando cada vez mais agoniada. Começou a pensar consigo mesma:

−Ah, se eu estivesse sozinha... Logo, logo eu estava lá.

Se pelo menos Xangô, seu parceiro de agonia, resolvesse lhe acompanhar... Mas que nada: Xangô hoje estava decidido fazer companhia ao mais-velho...

A agonia aumentou tanto, que ela não suportou mais andar no passo do cágado. Aí, ela rodopiou e seguiu em frente sozinha. Lá, bem adiante, parou. Ficou embaixo de uma jaqueira, enquanto observava o grupo que se arrastava lentamente, por causa de Oxalá. A essas alturas, ela já estava pensando no que ia fazer depois que voltasse da viagem. Assim, ela navegou nos pensamentos, fazendo mil projetos. E a ventania corria pelo mato, derrubando folhas verdes e maduras.

Quando ela estava assim, bem de seu, uma jaca-mole, bem madura, despencou bem em cima de sua cabeça. Ela ficou banhada de visgo e melaço de jaca, da cabeça aos pés. Tomou um susto enorme, deu um grito e ficou sem saber o que fazer. Aí, ela se sentiu profundamente desamparada e resolveu voltar ao encontro do grupo.

Todo mundo notou a melação, mas ninguém disse nada. E ai de quem perguntasse qualquer coisa... De cabeça baixa, ela passou por Oxalá e tomou o último lugar na fila, atrás dele. Iansã apenas ouviu a última frase de uma conversa, que já estava terminando, entre Oxalá e Omolu, os mais velhos entre os mais-velhos:

− Pois é... Como o senhor bem sabe, esse povo assim, agoniado, precisa aprender:Quem só anda às carreiras vai ter que voltar muitas vezes, para vencer a agonia.

A GRANDEZA E A OBRIGAÇÃO


A GRANDEZA E A OBRIGAÇÃO
Na criação do mundo, Olodumare deu a Oxum o privilégio de atender aos mortais e responder às perguntas feitas por eles no jogo de búzios. Ela nem queria isso, mas foi distinguida com tal fidalguia. Com o tempo, sempre fazendo a mesma coisa, Oxum estava ficando enfadada com a atividade de ter de responder às perguntas dos humanos. Era tanta pergunta, uma miudeza que não acabava mais. Gente que de nada entendia e queria saber de tudo, perguntas sem cabimento, encabulações, interesses descabidos, teimosias, mágoas, ódios, sede de poder, inveja, treitas, ciúme... Olhe, senhor, tanta coisa... Enfim, todo esse bolodório que só os humanos sabem viver.

Ela resolveu, então, deitar-se no remanso do rio e cochilar um pouco para ver se encontrava uma solução. Quando estava naquele soninho, vai mas não vai, um estalido chamou sua atenção. Abriu os olhos... Quem estava ali? Ele, Exu, o que gosta de ser grande em tudo. Todo galanteador, ele abriu a boca e disse:

− Olá, Senhora dos Búzios, Dona da Beleza! Que faz assim, toda largada nas águas?

− Eu?! Estou aqui, assim... Pensando em passar os direitos de minha grandeza a quem queira ficar com eles...

Muito interesseiro, Exu logo quis saber:

− Como assim?!

− É que eu tenho a grandeza e por isso sou eu quem responde às perguntas dos mortais, quando eles querem saber das coisas no jogo de búzios. Papel importantíssimo, esse meu.

Exu se fingiu bajulador e disse assim:

− Pois é... Os grandes têm lá suas grandezas... E eu por aqui, nesta pendanga de equilíbrio. É equilíbrio para aqui, equilíbrio para ali... Uma chatice...

Oxum percebeu que Exu estava começando a morder a isca e se empenhou numa negociação. Cautelosamente, pois ela sabia como Exu é malicioso, ardiloso e interesseiro. Enfim, ele não bate prego sem estopa. E foi fundo numa proposta:

− Que tal a gente fazer assim? Eu te passo essa grandeza que é só minha, toda minha, a de responder a tudo que os mortais querem saber e, ainda de quebra, você fica com o privilégio de ser servido em primeiro lugar. Então eu vou ter tempo para lustrar minhas pulseiras e meus anéis, me mirar nos meus espelhos, me enfeitar na hora em que eu bem quiser e entender...

Claro que Exu aceitou. E aí os dois fizeram o pacto e um ebó sacramentou a mudança de papéis entre eles dois. E mal Exu deu as costas, feliz e sirigaiteiro, pela estrada a fora, Oxum sumiu nas águas encantadas do rio.
Dias depois, Exu voltou, arrependido, à procura de Oxum para desfazer o pacto. Mas ela tinha se sumido nas águas. E tanto procurou até que foi encontrar a Senhora das Águas, toda sorridente, enfeitando-se numa cachoeira. Queixou-se muito, mostrou as desvantagens da troca e o enorme prejuízo que estava tendo, mas Oxum nem quis saber de conversa: mergulhou nas águas e sumiu.

Daí, Exu se apresentou a Olodumare e pediu para ele obrigar Oxum a desfazer o trato. O Controlador do Destino ouviu tudo e, depois, se pronunciou:

− O que está feito, está feito. Palavra dada, destino empenhado. Agora é tarde... Afinal, você sempre quis ser considerado O Maior em tudo. Pois fique sabendo: Os grandes são escravos de sua grandeza.

A FEIÚRA E A BONITEZA


A FEIÚRA E A BONITEZA
A coruja, antes de se casar, tinha feito uma consulta. Ela queria saber das intenções do corujão, se ele realmente gostava dela, essas coisas assim... Pois bem: foi dito a ela que tudo estava em ordem, que ela não se preocupasse. Apenas prestasse atenção no fato de que, nem tudo de que ela gostava, os outros gostavam também.

Ela saiu muito satisfeita da consulta. De vez em quando, se lembrava do conselho sobre o gostar, mas isso foi caindo no esquecimento com o passar dos dias. E agora estava ela ali, feliz da vida, já criando sua primeira ninhada. Os meninos já estavam se empenando e logo, logo, estariam voando também.

Ah, mundo velho sem porteira... Pois não é que o urubu chegou esbaforido para dar uma notícia ruim? A mãe da coruja estava passando mal e queria ver sua única filha. A coruja se entristeceu e ficou pensando como haveria de fazer para ir ver a mãe. Os meninos ainda não podiam voar. Deixar aquelas coisinhas tão bonitinhas, assim, sem proteção? Também não podia deixar de atender ao chamado da mãe. Podia ser a última vez. Depois de muito pensar, a coruja se lembrou e conversou consigo mesma:

− Ah, sim! Comadre Raposa... Gente fina está ali. Prestativa, sutil, tem sempre um jeito pra tudo... Mesmo, basta um voozinho de nada e posso passar na toca onde ela mora.

Logo a coruja alcançou a toca da raposa, cuja porta estava sempre disfarçada. Chamou e a raposa atendeu. Contou tudo, debaixo de aflição e agonia. Por fim, o pedido:

− Comadre da minh’alma, me ajude pelo amor de Deus! Vou e volto logo. Apenas queria que a senhora olhasse meus lindo meninos... Tomasse conta deles até eu voltar...

A raposa não se fez de rogada:

− Faço isso, sim, comadre.... Mas como saber quais são seus meninos, com tanto ninho espalhado por aqui? A senhora sabe: eu vivo no chão e a senhora nos galhos...

A coruja deu as instruções necessárias:

− Tá vendo aquela árvore seca lá adiante? Pois é lá, no oco mais baixo que eles estão. E é muito fácil a senhora saber quem são eles. São os meninos mais bonitos de toda essa redondeza. Olhe, eu passo horas a fio só olhando pra eles. Uma lindeza!...

Despediram-se. A coruja foi pelos ares, em busca da casa da mãe. A raposa se dirigiu para a árvore seca, bem perto da sua toca. Foi um alarido, quando a passarada viu a raposa se aproximando. Gritos, bater de asas, vôos espalhafatosos, enfim, um danor. Mas a raposa estava decidida: dessa vez não escaparia nenhum menino feio. E foi passando de ninho em ninho, devorando tudo.

Com poucas horas, a coruja voltou. Logo foi avistando a comadre dormindo ao pé da árvore. Aquilo que era gente boa e prestativa. Mas quando ela pousou no ninho, uma onda de terror invadiu seu coração. Cadê os lindos meninos?! Tudo vazio. Desceu, acordou a raposa e, muito aflita, quis saber dos filhotes. A raposa, então, ainda meio sonolenta e se lambendo, explicou:
− Olhe, comadre, lhe garanto que seus lindos meninos estão em paz. Desde que a senhora saiu, eu vim logo para aqui. Só devorei meninos feios. Naquele ninho ali, então, havia os mais horrorosos deste lugar...

− Comadre, a senhora devorou meus lindos meninos!...

E a raposa, toda espantada, apenas comentou:
− Meu Deus! Comadre, a senhora não tem juízo mesmo... Nunca desconfiou disso?A feiúra e a boniteza estão nos olhos de quem vê.

A ESCOLHA DO DESTINO


A ESCOLHA DO DESTINO
Um homem vivia em paz no meio de seu povo. Era um excelente mercador, sua voz cristalina e sonora atraía multidões. Todos os seus produtos eram vendidos rapidamente, de forma que ele quase não dava conta do atendimento a quem procurava suas mercadorias. Mas ele era inconformado com o seu destino. Gostaria de ter nascido um grande cantor para arrebatar as pessoas com a maravilha de sua voz. Ainda que sua fama de mercador corresse o mundo, ele queria mesmo ter nascido com outra sorte.

Um dia, ele resolveu consultar Ifá, para ver se poderia mudar o seu destino. Ifálhe recomendou um ebó a ser oferecido no olho do dendezeiro e que ele dormisse ao pé da palmeira por três noites consecutivas. Assim o homem fez. Terminado o prazo do ebó, ele voltou para sua cidade, enquanto aguardava a resposta dos divinos. Então, ele avistou uma grande caravana que caminhava em sua direção. Imediatamente ele pensou em se reabastecer de mercadorias, afinal estava precisando negociar. Quando chegou perto, o homem notou algo diferente. Não se tratava de uma caravana de negociantes e sim de um Mago e seus acompanhantes. Então o homem pensou em falar com o Mago para tentar trocar seu destino.

Feita a proposta o Mago aceitou, mas impôs uma condição: o homem não poderia desfazer a troca, depois que a magia fosse realizada. Aceita a condição, o Mago lhe mostrou inúmeras e inúmeras caixas fechadas que guardavam destinos dos humanos. Ele teria que escolher uma delas pela aparência. O homem pensou, pensou, olhou, olhou, examinou muitas e muitas caixas. Por fim, uma delas atraiu sua atenção. Era leve, forrada de pele de camelo, couro bem tratado, enfeitada de fios de ouro e muitas pedras brilhantes. Havia até uma inscrição: VOZ DE OURO, ENCANTADOR DE MULTIDÕES.

Era justamente isso que ele queria. E ele ficou tão encantado, tão feliz que, diante de tanto contentamento, o Mago resolveu lhe dar a caixa e fazer a troca de destino sem receber pagamento nenhum. Quando o homem abriu a caixa, ansioso pelo novo destino, lá dentro estava seu nome e, embaixo do nome, a palavra MERCADOR.

Diante de seu espanto, o Mago se revelou:
− Eu sou Orumilá, Testemunha do Destino, aquele que esculpe no escuro. Este é o seu caminho e fique sabendo: Ninguém foge desta força dentro da pessoa que faz ela se tornar aquilo que realmente ela é.