quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Fatos sobre a Swástica

Desde que o ser humano aprendeu a observar o mundo a sua volta, ele começou a se aperceber de quão variados são os desenlaces do meio em que vive, e começou então a notar os pontos de similaridade que subsistem no mesmo. Desta forma, já os neandertais e cromagnons entenderam que a estrutura percebida no decorrer do tempo, se posicionava em repetições em maior ou menor escala, dos dramas terrestres e estelares com os quais lidava em seu dia a dia.

Viam estes povos anteriores ao homo sapiens, que da mesma forma que a lua cresce e míngua no céu, as mulheres passavam por ciclos similares e vinculados a mesma quantidade de tempo, e a terra somente gerava frutos segundo a estação do ano, com base na presença de umidade e sol na quantidade correta (nem mais nem menos), para gerar vida, tanto e da mesma forma como a geração de novos membros de cada tribo acabava por ocorrer.

O drama da primavera os levou a observar a verdadeira festa da natureza, onde as flores após uma estação inteira de frio interminável e pouca caça, desabrochavam em meio a um clima morno e amistoso, onde os animais em puro êxtase passavam pelos ciclos de acasalamento.

Depois seguia-se o verão e a luz, em oposição ao frio do inverno e sua neve, onde havia fartura de caça e tempo para festas e jogos.

A seguir eram brindados com uma estação onde os frutos em enorme quantidade lhes eram ofertados pela mãe natureza, e onde contemplavam a natureza tornando-se avermelhada preparando-se para o frio que viria (pois no norte do planeta, realmente a maioria das folhas dos vegetais muda de cor para o vermelho, no outono, antes de caírem).

E por fim vinha o inverno, onde por força de necessidade aprenderam a guardar alimentos e estocá-los da melhor forma que podiam, e a manterem-se reunidos para estarem protegidos do frio e dos predadores, que expostos a falta de caça, começavam a atacar os bandos de humanos desprotegidos ou fracos, como em verdade rege a lei natural do forte suplantando o fraco.

Nestes períodos de aconchego familiar, contavam histórias do passado, de seus heróis, dos feitos da tribo, e viam o sol chegar no ponto máximo de queda no horizonte, do dia 22 a 24 de Dezembro, em meio ao frio do hemisfério norte, para no dia 25 de dezembro erguer-se mais uma vez, para voltar a travar a batalha que os símbolos da tribo representavam, com histórias e mitos.

No período de 22 a 24 de Dezembro, o Sol entra na perfeita polarização com o cinturão de Orion, chamado no Brasil de 3 Marias e no restante do Mundo de “...Os Três Reis Magos...”, e então se alinham diretamente com SÍRIUS, a estrela que regula a órbita do sol, e grande astro celebrado por egípcios e sumérios (Sothis e Kaksisa).

A Swástica lida com a idéia de Fluxo, do decorrer do ano, das estações fluindo aumentando e minguando, e com o seu passar ocorrendo ao mesmo tempo em que o aprendizado sobre a vida e seus estatutos simbólicos eram aprendidos por todos na tribo, sobre tudo pelos mais sensíveis a observação destes estatutos, aqueles que foram depois taxados com o título de Xamãs.

Ela lida com o decorrer do tempo, e ao mesmo tempo que a sociedade humana foi se desenvolvendo, o entendimento dos fluxos das estações e da vida, que são plenamente observáveis nela acabaram por sofrer complementos, ao mesmo tempo em que o conhecimento do universo e do mundo acabava por se expandir.

Assim na Mesopotâmia e no Egito, o conhecimento a cerca das estações e o desenvolvimento da astronomia e da matemática, levou ao entendimento do diâmetro da terra via o cálculo do que depois foi chamado de Número “...PI...”, que inclusive foi usado para a construção tanto dos Zigurates sumérios quando das Pirâmides do Egito (sobretudo das maiores e mais antigas).

Disto e do estudo das estações e da rotação estelar, acabou sendo gerado o entendimento a cerca do giro da terra e do tempo que o mesmo levava, assim como dos tempos do calendário Venusiano e Lunar, e por fim do calendário Solar.

Deste conhecimento evoluiu o cálculo do tempo em que o sol levaria para dar uma volta em torno do Astro que regula sua própria órbita (Vega contrabalanceada por Sírius), e notou-se que se a órbita anual solar da Terra é no sentido de Leste para Sul, contrário se dá com a órbita e com o decorrer do grande ano estelar.

A Swástica que representa o movimento horário e solar indica fluxo e giro para a direita, quando vista de frente, assim como aquela que determina o giro do grande ano estelar, perfaz seu movimento para o sentido anti-horário.

Mas a coisa não parou apenas nisto, pois uma vez que o estudo das constelações veio a nascer, a observações do giro horário e anti-horário também teve seu ponto de contato ali, uma vez que ambos os giros levam em consideração 12 constelações que são usadas na astrologia (tanto a de características gregas quanto a de características hindus e Tibetanas – ambas tendo sua origem nos trabalhos sumérios e egípcios).

As pontas básicas da Swástica, vinculadas aos signos que estavam vinculados ao ponto onde ocorria o ápice de poder de cada estação do ano, vieram a ser vinculados com as Constelações ligadas justamente aos períodos do ano que estavam mais afetados por cada uma das estações.

Assim Aquários veio a estar ligado ao Ar, por conta dos ventos frios do inverno no norte do planeta, e Leão ao Fogo pela plenitude do Verão que ocorre na metade Agosto, no hemisfério norte.

Touro eclode juntamente com o ápice da Primavera, e lida com a potência do macho ativada pelos ciclos e cio da fêmea, nesta estação.

E escorpião lida com o período de plenitude do Outono, quando então a natureza fica avermelhada como o Coração Vermelho da Constelação de Escorpião, ou seja Antares sua estrela alpha.

Os demais Oito Signos estão presentes na equação representativa da Swástica, como parte do sistema de fluxo durante o giro da Swástica de uma estação a Outra.

O que nos leva aos princípios do Kalachacra, a roda do Tempo do deus tibetano Mahakal (Shankara para os Hindus), pois o tempo tudo devora, e somente o que é imperecível devora o tempo.

Justamente esta estropia presente no fluxo do tempo, no decorrer das estações, implica no giro da Swástica para o Bonpo (o sistema de shamanismo que havia no Tibete antes do budismo, e que não podendo ser sobrepujado pelo mesmo, foi absorvido e mantido como uma forma de Budismo com todas as suas tradições preservadas nele).

No Bonpo, a Yungdrung (swástica) é o próprio Mahakal e o Kalachacra em si mesma.

É vista por esta característica marcante ligada ao tempo, como sendo o Sol muitas vezes, o que é interessante no caso Eslavo, Hindu e Nórdico pois nestes países Sunen, Suria e Sowelo são os nomes das Deusas que representam o sol nas tradições originais destas regiões, e no caso nórdico o símbolo de Sowelo ou Siegil, é a Runal Sig, que é uma construção simples da Swástica expressando o seu giro.

Este é o motivo real para que o nome “...Swástica...” signifique em sânscrito :

“...Sw - bom ou bondade; Asti – que virá a ser; Ka – sufixo. E sua combinação implica simplesmente bondade que virá ou será colhida...”

Disto provém o contexto da Swástica coligada a Lua, pois da mesma forma que a mulher da a vida, e sempre foi vista em muitas culturas como uma expressão desta (apesar de o caso nórdico, sumério e eslavo apontarem os deuses lunares como masculinos, mas tendo elementos vinculados aos princípios femininos em vários de seus elementos de representatividade), como é o caso de Urd, Skuld e Verdank (passado, futuro e presente), que são as Nornes, ou Nwarns, responsáveis por tecer o destino dos homens (tais e quais as Parcas gregas ou as Iabas da tradição ioruba africana).

A face sem luz do sol, ou face sombrio era identificada com a fúria feminina, e com os atos de desfecho funesto ou punitivo, como podemos notar na representação da Morrigan ou Morgana dos celtas, ou na Deusa Freia ou na deusa Skhad dos Nórdicos.

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