sexta-feira, 22 de julho de 2011

BIBLIA O FEMININO QUE NOS IMPULSIONA


    BIBLIA

 O FEMININO QUE NOS IMPULSIONA
Na Bíblia judaico-cristã a fonte de toda a vida é um Pai Criador masculino.
No entanto, quando estudamos as histórias da criação primitivas, verificamos que elas são sobre uma Grande Mãe: doadora feminina e Deusa dos animais, das plantas, dos humanos, das águas, da terra e do céu. Para citar alguns exemplos temos que no Egito a criação da vida era atribuída a NutHathor ouÍsis; Uma antiga oração sumeriana exalta a gloriosa Nana como “a Poderosa Senhora, a Criadora’. Uma outra tábua antiga se refere à Deusa Nammu como “a Mãe que deu à luz o céu e a terra”; Na África, existem lendas sobre Mawu, outro nome para a Mãe Criadora. Em CanaãAsherah ou Ishtar era a “Progenitora dos Deuses”. A verdade é que há um único mito universal da criação com versões conhecidas em todas as partes do mundo e embora o mito seja matriarcal ao declarar que todos os elementos da criação surgiram do útero de uma Mãe cósmica, traços dele podem ser detectados até mesmo na Bíblia patriarcal dos judeus e cristão.
Daí a humanidade sempre cultuar grandes arquétipos femininos sempre que procura por um relacionamento místico com a vida e com o universo. Porém, durante a maior parte da história religiosa e espiritual registrada a maneira predominantemente de se referir a Deus é chamar a divindade de ‘Ele’. No entanto, claramente alguma coisa vem acontecendo com as percepções sobre as mulheres, o poder e a divindade. Não é acidental o fato de que as mudanças na consciência envolvendo o poder feminino e o crescimento da espiritualidade de base oriental tenham ocorrido conjuntamente. Osfenômenos estão entrelaçados. No Oriente, o Grande Feminino sempre esteve em alta, não como uma fonte secundária de poder, mas como o poder primordial, a shakti que flui através do nosso corpo e de toda a natureza.
A própria Bíblia com sua estrutura patriarcal não conseguiu ofuscar a Virgem Maria com a luz de seu filho. Qual a razão de Nossa Senhora ser tão prestigiada mesmo sem milagres e triunfos? Numa época em que se menosprezava o sexo feminino, ela dignificou a condição de ser a mãe mais querida de todos os tempos. O marianismo se estruturou no catolicismo de forma paralela e independente como uma facção envergonhada pelo banimento das deusas do imaginário popular. Assumindo características culturais e étnicas de cada nação, o culto à deusa Maria foi se adaptando à devoção popular com uma versatilidade incrível. Desde suntuosos santuários até silhuetas em vidros e grãos de milho, inúmeras aparições no mundo inteiro dão status de deusa a estas supostas aparições, incorporando-as ao acervo popular de inúmeras nações.
Embora não tenhamos sido ensinados a pensar nela desta maneira a Virgem Maria Católica (única figura mortal da sagrada família cristã, constituída de pai e filho divinos) perpetua a imagem da Deusa como Mãe Misericordiosa, a Mãe de Deus. Maria é um personagem histórico muito interessante, apesar de serem limitados os dados a seu respeito, uma vez que os Evangelhos reduzem a passagem da mãe de Cristo a poucas linhas.
Anualmente no Brasil em 12 de Outubro comemora-se o dia de Nossa Senhora Aparecida ou Nossa Senhora da Conceição Aparecida, padroeira do Brasil. A devoção que o povo brasileiro dedica a Nossa Senhora é ímpar e segundo a própria Igreja Católica “estão implícitos nesta devoção os efeitos maravilhosos desse privilégio em Nossa Senhora, a plenitude de sua graça e seus méritos insondáveis”.
(…) (Fonte: http://www.brasilan.com.br/belas-out-06.htm)

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