quarta-feira, 27 de julho de 2011

Mar de amor és mar




Mar de Amor

Cândido


És mar, maré cheia de amor, loucura.
Onde meu fogo de prazer vai mergulhar
Mas arde, cada vez mais, sem se apagar,
Até à explosão que já ninguém segura.
  
Meus dedos a surfar nas ondas do teu seio,
Descem, onda a onda, em direcção à praia
Que fica no sítio onde despiste a saia
E divide teu corpo, exactamente, ao meio.
 
E quando a minha língua vai beber
Na cova do teu umbigo ainda a tremer,
As gotas de suor salgadas do momento,
  
Tu, gemendo num som lânguido e rouco,
Vais dizendo, me guiando pouco a pouco:
- Amor…Mais abaixo, mais fundo, mais lá dentro!

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