quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Orixás

Imagens retiradas do livro "Os Deuses Africanos no Candmblé da Bahia" de Caribé O sistema de escravidão trouxe, para o Brasil, crianças, adolescentes, mulheres e homens africanos. O tráfico se estabeleceu desde os inícios da colonização portuguesa, até o século XIX. Os escravos foram trazidos à força das mais diversas partes da África, e a senzala serviu de caldeirão, onde se misturaram crenças, línguas e etnias africanas das mais diversas.

Os negros escravos, desde a senzala, tiveram na religião o espaço da resistência. Até mesmo em pleno vigor do regime escravocrata, um modelo de culto foi-se delineando, a partir de núcleos religiosos formados por negros libertos, de origem nagô. Com o tempo, esse modelo foi-se definindo, até tornar-se hegemônico e o culto aos orixás espalhou-se pelo Brasil.

Imagens retiradas do livro "Os Deuses Africanos no Candmblé da Bahia" de Caribé Os espaços construídos para o culto aos orixá obedeciam a um imaginário nagô, preservados a custo de lutas, sofrimentos e perseguições. As casas de culto terminaram por ficar conhecidas como terreiros e a prática religiosa, como candomblé.

Além da etnia nagô, grupos de outras origens se firmaram. Os nagôs, também chamados iorubas, no entanto, resistiram às diversas influências externas. Os usos e costumes preservados nos terreiros revelam a herança africana, que faz parte de um conjunto de traços de identidade do povo-de-santo nos candomblés do Brasil.

Os orixá, divindades africanas a quem se dirige o culto, também são tomados como arquétipos da personalidade humana, servindo de base para processos terapêuticos, entre os fiéis, adeptos e simpatizantes do candomblé, nos quartos de consulta e nos rituais de iniciação.