quarta-feira, 15 de junho de 2011

A Roda Óctupla


Este é um dos textos mais interessantes que já li a respeito deste tema, no qual muitas dúvidas podem ser sanadas.  Ele desmente as afirmações de que no Druidismo não se comemoram os oito festivais da roda, bem como mostra o erro grave que alguns pseudo-pagãos estão cometendo,  celebrando os festivais pelas datas do Hemisfério Norte aqui no sul.
Mario Martinez



“Desde o Iluminismo, a nossa cultura tem vindo a projetar a mensagem de que a vida é linear, de que nascemos, envelhecemos e morremos, e tudo acaba aí. A velha mensagem do caráter cíclico da vida, da vida enquanto ciclo e espiral (que a Humanidade já conhecia desde o início dos tempos e cujos símbolos foram gravados em pedras um pouco por todo o mundo) foi substituída há alguns anos atrás pelo símbolo da linha a direito: a mundo-visão masculina, linear, científica que, por deformação, venera o progresso e o cumprimento de objetivos acima da sabedoria e da compaixão. Um dos resultados provocados por esta mudança, na nossa consciência coletiva, de uma concepção circular da vida para uma sua concepção linear, foi o desligar das almas de muita gente em relação a uma das fontes espirituais mais nutritivas: o reino da Natureza.

Quando conheci o antigo Chefe Druida,  Nuinn, ele falou-me de um caminho que nunca cortara os seus laços com a Natureza, e que transmitia um sentimento de imanência do divino em todas as coisas.  Com efeito, quando junto todas as explicações que o meu professor me deu (muitas vezes num café que ficava por baixo do seu escritório de West Kensington, em Londres), consigo revê-lo junto de mim a falar-me do esquema das festas religiosas da seguinte forma:

‘Pensa na tua vida e nos respectivos acontecimentos. Coloca-os numa linha com o teu nascimento numa ponta e a morte na outra’,  diz ele, curvando-se sobre a mesa na minha direção, segurando numa faca para ajudar a ilustrar as suas palavras.  ‘E aqui tens uma linha isolada, que começa e termina no vazio. Existem outras linhas que podem estender-se em paralelo com a tua, colidir com ela ou atravessá-la, mas todas elas terminarão como começaram: com nada’.  Depois faz uma pausa e olha para mim encolhendo os ombros, acrescentando:  ‘Mas ambos sabemos que a vida não é bem assim: sabemos que a morte é seguida pelo renascer, tal como nos comprova o renascer da vida que ocorre na Primavera e, se tivermos sorte, vemos isso também quando procuramos no fundo da nossa memória. Por isso, a vida é assim’,  conclui, apontando para o prato,  ‘e não assim!’,  exclama, pousando a faca num gesto teatral, enquanto as pessoas das outras mesas começam a olhar para nós.

Depois, vai descrevendo círculos com o dedo no interior do prato, dizendo: ‘Nascemos, envelhecemos e morremos’,  e depois, continuando a descrever esses movimentos:  ‘Nascemos, depois vivemos a infância, depois a juventude, depois envelhecemos e mais tarde morremos’  e vai repetindo os círculos, até que de repente chega o garçom para nos servir.

‘O que é que está no centro deste círculo?  O quê ou quem é responsável por este movimento circular?’,  pergunta-me.  O meu pensamento fica em branco por alguns instantes.  ‘O que está no centro desta roda?  Quem ou o quê é responsável pelo seu girar?’

Nessa altura compreendo:  ‘A minha alma!  A minha verdadeira identidade, que perdura em todas as minhas vidas!’

‘Exatamente’,  responde ele, colocando um pouco de manteiga no centro do prato de espaguete, para assinalar o lugar da minha alma.

‘Agora esqueçamo-nos do indivíduo’,  prossegue,  ‘e olhemos para o mundo’. As estações do ano são claramente cíclicas: sucedem-se umas às outras, inexoravelmente. Por isso podemos dispô-las num círculo, o círculo do ano.  O mesmo acontece com os dias: cada dia nasce de madrugada, atinge o seu ponto alto ao meio-dia e depois começa a escurecer, dando lugar à noite, altura em que morre, renascendo depois na madrugada seguinte’.  Nessa altura, volta a fazer movimentos circulares com o dedo na orla do prato, desta vez com mais destreza para evitar os pedaços de comida.

‘O círculo do ano e o círculo do dia têm afinidades: o Inverno é como a morte da noite, quando tudo fica quieto. A Primavera é como o nascer do dia, quando os pássaros acordam e louvam o céu. O Verão é como o meio-dia, uma altura de calor máximo e em que o crescimento é maior.  E o Outono é como o fim da tarde, pois até mesmo as suas cores se parecem com as do pôr-do-sol. Temos assim os dois ciclos da Terra em sintonia. O quê ou quem pensas tu que controla o girar desta roda?’,  pergunta-me então, aproveitando finalmente a oportunidade para começar a comer e divertindo-se com o fato de também ter de desenvolver movimentos circulares para enrolar o espaguete no garfo (operação que, naturalmente, escolhe fazer no centro do prato).
Novamente, o meu pensamento fica em branco por instantes.  ‘O Deus e a Deusa?’,  inquiro.

‘Hummm...  Está bem, sim, a Divindade está no centro e é a causa de tudo. Mas aquilo que provoca especificamente o ciclo do dia e as estações do ano é o sol. É ele que faz girar a roda’.

Inclinando-se então para a frente, olha-me fixamente por um momento, antes de me colocar a pergunta seguinte:  ‘E que ligação julgas existir entre o teu ciclo’,  explica, apontando para o meu prato,  ‘e o ciclo da Terra?’,  conclui, apontando para o dele.

De início não consigo ver qualquer ligação: parecem-me estar os dois tão separados quanto os nossos pratos de espaguete. O Chefe Druida descreve então mais uma vez um círculo com os dedos na orla do seu prato.

‘Nascimento, morte, renascimento.  Solstício de Inverno,  a noite mais longa. Irá o Sol renascer?  Sim!  E aqui, do lado oposto,  no Solstício de Verão está na sua máxima força: é a altura do dia mais longo’.  Apontando para o rebordo do meu prato mais próximo de si, continua depois a explicação:  ‘Aqui nasces, encarnas como uma faísca de luz,  e aí desse outro lado do teu prato estás no auge da tua vida’.  Depois, agarra subitamente no frasco de pimenta, polvilhando ambos os lados do meu prato com um pouco desse condimento.  ‘Verão e Inverno’  diz,  colocando em seguida mais pimenta noutros dois lados opostos do meu prato, após o que explica:  ‘Primavera e Outono’.  E prossegue,  apontando para cada uma das marcas:  ‘Aqui vemos a forma como os ciclos da tua vida e os da Terra estão interligados.  A Primavera corresponde à época da tua infância, o Verão à fase mais jovem da idade adulta, o Outono à tua fase madura e o Inverno à tua morte.  E no centro da roda da tua vida está a tua alma,  tal como no centro da roda da Terra está o Sol’.

Procura na mesa algo mais que possa usar até que, triunfante, atira uma colherada de queijo parmesão para o centro do meu prato de espaguete, que já ia na metade.  ‘O Sol é a tua alma!  Agora talvez compreendas o porquê de o Sol ser tão reverenciado no Druidismo e na Wica’.

Nessa altura dou por mim a ter um daqueles momentos de extrema lucidez em que todas as peças parecem encaixar-se e fazer sentido embora, com um pensamento mais distraído, não conseguisse provavelmente aperceber-me de todas aquelas ligações.

‘É talvez por isso que certa vez alguém escreveu que os antigos druidas acreditavam que a origem das almas estava no Sol’,  prossegue o meu mestre. ‘Segundo esse autor, acreditavam também que, entre cada vida, as nossas almas iam para a Lua descansar até às nossas últimas três encarnações na Terra, em cujos intervalos podíamos descansar no centro do Sol, junto daqueles seres solares dourados que conduzem os destinos do nosso planeta’.


A Roda

Foi assim a minha introdução ao esquema óctuplo subjacente ao Druidismo e, na realidade,  a toda a tradição pagã ocidental, da qual o Druidismo é uma manifestação e a Wica outra. Tanto os druidas como os wicanos celebram as oito festas religiosas presentes neste esquema, tendo sido, na realidade,  Nuinn e Gerald Gardner que o introduziram  (bem como muitas das versões modernas dos rituais das respectivas festas)  no Paganismo durante as décadas de 1950 e 1960.

O esquema baseia-se na profunda e misteriosa ligação entre a fonte das nossas vidas individuais e a fonte da vida do Planeta, reconhecendo oito períodos particulares durante o ciclo anual que são muito significativos e marcados por observâncias especiais.

Desses períodos, quatro são de caráter astral (diretamente associados à posição do sol no céu), enquanto os outros quatro se encontram relacionados com a vida da terra e as fases da lua.  Se associarmos o sol ao princípio masculino e a lua ao feminino, verificaremos que este esquema oferece um conjunto equilibrado de ligações entre as observâncias correspondentes a um e a outro desses princípios. As de caráter solar são aquelas que a maioria das pessoas associa aos druidas da atualidade (com destaque para as cerimônias de solstício de Verão em Stonehenge). Nos solstícios, o sol é adorado no ponto da sua morte aparente, no dia em que começa o Inverno, e no auge da sua força, ao meio-dia, no primeiro dia do Verão (o mais longo de todo o ano). Nos equinócios, existe um equilíbrio entre dia e noite, sendo que, no da Primavera, a força do sol está crescendo e festejamos a época da sementeira e da preparação para as dádivas do Verão, enquanto que no de Outono, embora o dia e a noite tenham também a mesma duração,  a força do astro-rei está a decrescer e é altura de agradecermos as dádivas das colheitas e de nos prepararmos para a escuridão do Inverno.

Para além dessas quatro festas de caráter solar, existem ainda quatro datas do ano que eram e são consideradas sagradas. Trata-se das épocas associadas ao ciclo de vida do gado,  mais do que à agricultura.  Por não corresponderem a um momento específico da posição dos astros no céu,  o dia da sua celebração não é fixa, podendo variar de acordo com as circunstâncias locais. Atualmente, dada a nossa localização geográfica (e também os recentes efeitos do aquecimento global),  estas quatro celebrações sazonais podem ocorrer em alturas diversificadas, além de que quem vive o Hemisfério Sul tem de trocar as datas das oito festas,  já que as estações do ano nessas paragens são inversas às do Hemisfério Norte.

No Samhain, sacrificam-se as cabeças de gado para as quais não havia comida armazenada em quantidade suficiente para que pudessem sobreviver ao Inverno.  Após o abate, a sua carne era salgada e armazenada.  No Imbolc, assinalava-se o nascimento das crias dos ovinos.  Seguia-se o Beltane,  tempo de acasalamento e de passar o gado pelo meio de duas fogueiras, para sua purificação. Por fim, no Lughnasadh, havia uma ligação entre o ciclo do gado e o da agricultura:  começavam as colheitas e o armazenamento de alimentos para os humanos e forragem para os animais.

Em conjunto, ambos os festivais que acabamos de enumerar representam a nossa total interligação com a Terra,  a Lua e o Sol,  e os reinos animal e vegetal.

Quando analisarmos estas festas com maior detalhes nas páginas seguintes, veremos até que ponto a vida da nossa mente se encontra interligada com a do nosso corpo, bem como com a vida do nosso planeta e a do Sol e da Lua (uma vez que a época correspondente a cada uma das datas em questão assinala uma potente e notável conjugação de tempo e de espaço).

Olhando para o ciclo completo, começamos no Samhain.  Segundo muitos autores acreditavam até há algum tempo atrás, tratar-se-ia de uma festa que, antigamente, assinalava a passagem de ano celta.  Do ponto de vista histórico, neste momento essa análise parece estar incorreta, não deixando, contudo, aqueles que nela participam de sentir uma mudança no ciclo de vida do ano.  De alguma forma, experimenta-se uma sensação de morte deste, surgindo depois o seu renascimento apenas no solstício de Inverno, altura em que os especialistas  da  atualidade  acreditam  que  o  ano novo era, de fato, celebrado  (1).

O Samhain era um tempo de ausência de tempo:  a sociedade celta, tal como todas as sociedades antigas, era altamente estruturada e organizada, pelo que todos sabiam qual o seu lugar. Mas, para que essa ordem fosse psicologicamente confortável, tinha de haver também uma altura em que a ordem e a estruturação eram abolidas, um  tempo em que o caos podia reinar. E essa altura era o Samhain: o tempo era abolido durante os três dias em que durava a festa, e as pessoas cometiam atos que seriam impensáveis durante o resto do ano:  homens vestidos de mulheres e mulheres vestidas de homens, os portões das fazendas eram retirados das dobradiças e jogados ao chão, os cavalos de uma pessoa eram levados para os campos de outra e as crianças iam de porta em porta pedindo comida, o que explica o costume do Halloween de ameaçar com travessuras os donos das casas que não as oferecerem.

Não obstante, por detrás desta loucura aparente, existe um mistério mais profundo: os druidas acreditam que esta época do ano tem uma qualidade especial:  enquanto uma grande parte do mundo vegetal parece morrer com o aproximar da estação do Inverno (e também com o cair da noite, no caso dos dias),  o véu entre o nosso mundo e o dos nossos antepassados parece abrir-se e,  para aqueles que estiverem preparados, é possível viajar então em segurança para o “outro lado”.  O ritual druídico de Samhain diz assim respeito ao estabelecimento de contato com os espíritos daqueles que já partiram, que são vistos como fonte de aconselhamento e inspiração e não como fonte de receio e pavor.  A lua nova, época em que este satélite da Terra não é visível no céu, é a fase em que a festa é celebrada, dado que representa uma época em que a nossa vista de mortais necessita de ser obscurecida de modo a que o possamos ser para outros mundos.  Os mortos são homenageados e celebrados, não na qualidade de mortos mas sim como espíritos vivos de entes queridos e guardiães do saber primordial da tribo.

A festa seguinte deste ciclo é o solstício de Inverno.  Trata-se do tempo da morte e do renascimento.  O Sol parece estar abandonando-nos completamente quando  chega  a  noite mais longa.  Ligando  a  nossa  jornada  

(1)  Ver  R. Hutton,  Stations of the Sun – The History of the Ritual Year in Britain, Oxford University Press, 1996.
interior ao ciclo anual, as palavras desta cerimônia escritas por  Nuinn  dizem-
nos para  “Afastar tudo aquilo que impeça o aparecimento da luz”.  Na escuridão,   deitamos   fora   todos  os  detritos  que  trazemos  conosco  e  que
representam aquilo que tem estado a impedir o nosso desenvolvimento, acendendo depois um lampião com a ajuda de pedras de sílex, o qual é elevado sobre o bastão druídico, a leste.  O ano renasce e começa um novo ciclo, que atingirá o seu ponto alto na época do solstício de Verão, antes de regressar novamente ao local da morte e do renascimento.

Embora pela leitura da Bíblia possamos depreender que Jesus nasceu na Primavera, não terá sido por mero acaso que a Igreja dos primeiros tempos escolheu fazer coincidir os festejos do seu nascimento com a época do solstício de Inverno, pois trata-se, sem dúvida, de uma época em que a luz penetra na escuridão do mundo.  Vemos assim, novamente, a construção das tradições cristãs ser feita com base em crenças mais antigas.

Hoje em dia, muita da nossa cultura secularizada assinala apenas um ponto importante ao longo do ano, que é o período do Natal e Ano Novo.  Mas o Druidismo e a Wica tem oito, o que significa que, aproximadamente de seis em seis semanas, é-nos dada a oportunidade de quebrarmos a monotonia da vida quotidiana e honrar o conjunto de tempo e espaço.

A festa seguinte é o Imbolc.  Embora se possa pensar nesta data como algo que fica a meio do Inverno, esta festa constitui na realidade a primeira de três celebrações de caráter primaveril, dado que é a época do degelo e da limpeza dos galhos caídos e outros detritos trazidos pelas tempestades invernais. E um tempo em que sentimos o primeiro sinal da Primavera e em que as crias das ovelhas nascem.  A correspondente cristã a esta festa é a Candelária.  Ao longo de vários anos, sucessivos Papas tentaram acabar com as procissões de velas acesas que percorriam as ruas de Roma nessa época. Mas, ao verem que não conseguiam acabar com este costume pagão, sugeriram à população que levasse as suas velas para o interior das igrejas, onde passariam a ser benzidas pelos padres.

O tempo avança e,  pouco depois, chegamos ao equinócio de Primavera, em que o dia e a noite duram o mesmo tempo e no qual a força da luz aumenta diariamente. Situado no centro das três festas primaveris, assinala os sinais mais reconhecíveis daquela estação do ano, nomeadamente, o aparecimento das flores e o início das sementeiras com mais tempo a elas dedicado. Como ponto de desenvolvimento psicológico das nossas vidas, assinala o período final da infância (cujo início corresponde ao Imbolc, digamos que mais ou menos até os sete anos de idade).  Estamos na Primavera das nossas vidas, e as sementes que plantamos na época de nossa infância do Imbolc irão, idealmente, florir a partir do tempo da adolescência do Beltane como capacidades e poderes que nos ajudarão a viver as nossas vidas com arte e sucesso.

Beltane assinala então o tempo da nossa adolescência e início da idade adulta. A Primavera está no auge, e acende-se pares de fogueiras, pelo meio das quais se conduz o gado após este ter passado muito tempo fechado durante os meses de Inverno e início da Primavera.  Aqueles que querem ter filhos saltam essas mesmas fogueiras.  Quando eu era jovem, a Ordem festejava o Beltane no Tor de Glastonbury. A união entre o masculino e o feminino encontra-se simbolicamente representada naquela paisagem, através do poço de  Chalice Well (princípio feminino) e da elevação do Tor (princípio masculino).  Deparamo-nos com o mesmo tema nos festejos do Dia de Maio na Inglaterra, em que a dança à volta do Mastro de Maio festeja a fertilidade da terra, sugerindo-nos estarmos perante uma reminiscência das danças rituais em círculos que poderão ter tido lugar nos círculos de pedras nos tempos antigos, nesta estação do ano em que a vitalidade está crescendo.

E assim chegamos à altura do solstício de Verão.  É a época do dia mais longo, quando a luz aparece na sua força máxima, e também aquela em que os druidas realizam sua cerimônia mais complexa. Começando à meia-noite do dia do solstício. É feita uma vigília ao longo de toda a noite, com os participantes sentados ao redor da fogueira.

Seis semanas depois, chega o Lughnasadh, que assinala o início do período de colheitas. O feno já foi colhido e é chegada a época de ceifar o trigo e o centeio.  Antigamente, esta era uma época de reunião, de concursos, jogos e casamentos. Os casamentos celebrados nessa época poderiam ser anulados um ano depois, novamente na época desta festa, o que permitia ao casal dispor de um “período experimental” adequado.  Em alguns locais, uma roda em chamas era atirada por uma colina abaixo, simbolizando a descida do ano em direção ao Inverno.  A versão cristã desta festa chama-se,  na Grã-Bretanha,  Lammas (nome que deriva de blafmasse, ou “massa de pão”,  dado que eram feitas oferendas de pão feito com o trigo novo).

O equinócio de Outono constitui-se na segunda das festas ligadas às colheitas e assinalando o final desse período.  Mais uma vez, o dia e a noite voltam a estar equilibrados, como acontece nos equinócio de Primavera, mas rapidamente as noites passarão a ser cada vez maiores e o Inverno não tarda a chegar”.

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